Movimentação Cultural será debatida pela Câmara
Amazônia: Nancy defende Brasil sem isolamento nem subserviência
"O Brasil poderia sair na frente com tudo o que tem; não caminhamos sozinhos, nem temos que ser subservientes a ninguém", afirmou a vereadora, na tribuna.
Nancy Thame ocupou a tribuna durante a reunião ordinária desta quinta-feira
Crédito: Fabrice Desmonts - MTB 22.946Diante da crise diplomática originada a partir dos registros de queimadas na Amazônia, a vereadora Nancy Thame (PSDB) fez ponderações sobre o assunto em sua participação na tribuna, durante a 46ª reunião ordinária, nesta quinta-feira (29). Na análise, a parlamentar ressaltou a importância de conciliar a soberania nacional sobre o bioma, de enorme potencial, com o diálogo com outros países, cujos mercados são abastecidos por itens brasileiros.
"É claro que existem os interesses europeus na concorrência de produtos, só que, por outro lado, os mercados internacionais estão cada vez mais sensíveis às questões ambientais, e aí seria inteligente, da nossa parte, enxergar que temos o privilégio e um diferencial imenso em relação a outros países. A biodiversidade brasileira traz mais de 103 mil espécies animais e de 43 mil espécies vegetais. Temos 55% da cobertura vegetal nativa de todo o planeta e 15% da água doce. Não precisa explicar o que isso significa", disse Nancy.
A vereadora criticou o governo Jair Bolsonaro (PSL) por fragilizar instituições federais, como o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), e o tom adotado no trato das queimadas na Amazônia com outros países. "Fazemos estrago totalmente desnecessário à nossa imagem, muitas vezes descumprindo a Constituição Federal e tratados internacionais, que não são só para ser assinados, mas cumpridos. Hoje o conflito global envolve muitos atores e não podemos fazer a política de isolamento, de brigar com todo mundo. Política não se faz assim; a diplomacia brasileira sempre foi muito respeitada."
Na avaliação de Nancy, "o Brasil sairia na frente" se, diante do novo cenário de valorização da sustentabilidade, adotasse práticas de produção atreladas ao uso racional da terra e à preservação de seus biomas. "É incrível que não consigamos enxergar que a árvore em pé pode valer muito mais que a árvore deitada. Usamos 75% das nossas terras para produzir boi e frango e 25% para produzir todos os outros alimentos que estão na nossa mesa", comparou, chamando a atenção para os custos cada vez altos do primeiro grupo.
Nancy defendeu que os ganhos que o país pode ter com "a riqueza e o conhecimento que estão contidos na biodiversidade brasileira" passam por diálogo e parcerias com outras nações. "O Brasil poderia sair na frente com tudo o que tem; não precisamos ficar subalternos a nenhum país, nem nos digladiarmos com falas superficiais, sem a mínima finesse que a diplomacia exige. Não é brigando com todo mundo que vamos conseguir. Não caminhamos sozinhos, nem temos que ser subservientes a ninguém", concluiu a parlamentar.
Notícias relacionadas
Prejuízo incalculável, diz vereador sobre obra na rua Joana D´Arc
Projeto quer facilitar renovação de documento para benefício em ônibus
Vereador expõe diálogo com munícipe sobre obra não realizada
Neoliberalismo levou ao sucateamento da máquina pública, diz vereadora
Vereador acompanha obra de recape em rua do bairro Jardim Castor
Bem-estar animal é tema de entrevista ao programa Primeiro Tempo
Parlamentar questiona situação de Estrada no Pau Queimado
Vereadora mostra preocupação com derrubada de árvores na Rua do Porto
Vereador destaca reforma do centro comunitário do Parque Orlanda
Vereador solicita informações sobre falta de água no Algodoal
Vereadora apresenta exemplos de reurbanização verde na Colômbia
Câmara aprova, em 1º turno, PL para campanha por segurança no trânsito
Em extraordinária, Câmara vota reposição salarial do funcionalismo
Dengue: requerimento pede informações sobre ações da Prefeitura