A Câmara de Vereadores de Piracicaba e a Fumep (Fundação Municipal de Ensino de Piracicaba) assinaram na manhã desta segunda-feira (16) o termo de convênio para elaboração de projetos, troca de informações, orientação e acompanhamento das ações voltadas à inclusão e acessibilidade nas dependências do Poder Legislativo, previstas no projeto Câmara Inclusiva.

Assinaram o convênio o presidente da Câmara, vereador Gilmar Rotta (MDB), e o diretor-executivo da Fumep, Antonio Carlos Giuliani. O ato foi acompanhado por Edson Valdemir Pigoretti e Maria Helena Santini Campos Tavares, diretor e vice-diretora acadêmica da EEP (Escola de Engenharia de Piracicaba), respectivamente. Da Câmara, estiveram presentes os diretores de departamento Mauro Rontani (Administração), Bruno Didoné de Oliveira (Documentação e Transparência), Ademar do Carmo Luciano Jr. (Relações Públicas e de Cerimonial) e Valéria Rodrigues (Comunicação).

Gilmar Rotta lembrou que o projeto Câmara Inclusiva é um desdobramento do programa Parlamento Aberto, implantado no ano passado. Para que o convênio entre Câmara e EEP se concretizasse, a Mesa Diretora elaborou o projeto de decreto legislativo 48/2019, que, após aprovação em plenário, deu origem ao decreto legislativo 42/2019, de 13 de dezembro do ano passado.

As melhorias a serem realizadas nas estruturas físicas dos dois prédios da Câmara foram identificadas por entidades que atuam na área, após visitas técnicas. Além do Comdef (Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência), contribuíram Centro de Reabilitação, Espaço Pipa, Avistar, Apae, Escola Passo a Passo, Apaspi (Associação de Pais e Amigos de Surdos de Piracicaba), Centro Dia Crescer e Libras Piracicaba.

"Como presidente, poderia resolver o problema 'na caneta', mas a premissa do Parlamento Aberto exige de nós transparência. Chamamos as entidades, que entenderam e abraçaram a proposta. Desde então, várias coisas aconteceram, outras estão na fila de espera e irão se concretizar após a assinatura do convênio", disse Gilmar Rotta. Das adaptações iniciadas estão as reformas do Salão Nobre Helly de Campos Melges. Além disso, a Câmara revisará as adaptações necessárias nos banheiros do prédio principal.

A intenção do convênio é que a Câmara possa absorver a experiência técnico-profissional da instituição para adaptar seus espaços e torná-los acessíveis em sua totalidade. "É um projeto importantíssimo para a sociedade e nós, como instituição, trabalharemos com o curso de engenharia, com os alunos e a coordenação", explicou Antonio Carlos Giuliani.

Além da questão estrutural, o projeto Câmara Inclusiva possui como preocupação a eliminação das chamadas "barreiras atitudinais", que exigem uma mudança de comportamento na forma de acolhimento às pessoas com deficiência. Para isso, treinamentos já foram realizados com funcionários das recepções, portarias e do Departamento de Relações Públicas e de Cerimonial (por meio de curso, em dezembro) e com o Departamento de Comunicação, em agosto. "A nossa preocupação é com o cumprimento dos apontamentos feitos pelas entidades, respeitando sempre as limitações orçamentárias", lembrou Mauro Rontani.