EM PIRACICABA (SP) 29 DE JULHO DE 2020

Câmara e Sinfônica prestam homenagem a Piracicaba pelos 253 anos

Releitura da clássica canção Rio de Lágrimas pode ser vista às 20h de sexta-feira (31), véspera do aniversário da cidade




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A Câmara de Vereadores de Piracicaba e a OSP (Orquestra Sinfônica de Piracicaba) se uniram para homenagear a cidade, no aniversário de 253 anos, celebrado em 1º de agosto. Na véspera da data, dia 31, às 20h, as redes sociais das duas instituições apresentam simultaneamente a versão orquestral inédita da canção "Rio de Lágrimas", conhecida popularmente como "Rio de Piracicaba". 

Segundo o presidente da Câmara, vereador Gilmar Rotta (CID), a homenagem valoriza a pluralidade de Piracicaba e estimula seus moradores, nativos ou radicados, a enaltecer as belezas locais. "Esteja onde estiver, o piracicabano tem orgulho da cidade e do seu destaque nas áreas econômica, social e cultural. Neste vídeo, a Câmara une as músicas erudita e caipira para entregar ao seu povo o que tem de mais belo e reforçar o orgulho pela cidade", diz Gilmar Rotta.

Para o maestro piracicabano Jamil Maluf, diretor artístico e regente titular da OSP,  Piracicaba sempre teve inclinação para usufruir dos bens culturais, fossem eles da cultura popular ou erudita. "É uma cidade que mesmo desenvolvida não perdeu seu jeito acolhedor. As pessoas valorizam o cultivo de relações interpessoais. Cada um, a seu modo, guarda parte da história da cidade e deixa evidente a riqueza do patrimônio piracicabano."

Oficialmente, a Câmara tem como registro de fundação o 11 de agosto de 1822, portanto 197 anos de história, enquanto a Sinfônica de Piracicaba completou 120 anos e se destaca como o conjunto musical erudito há mais tempo em atividade no país, fundado em 24 de março de 1900. "São duas instituições centenárias sólidas. Cada uma, a seu modo, trabalha em prol do cidadão, o que justifica a parceria nessa ocasião tão especial", completa Gilmar Rotta.

Com duração de três minutos, a música "Rio de Lágrimas" poderá ser assistida no Facebook e YouTube oficiais da Câmara de Vereadores de Piracicaba, como também no Instagram do Parlamento Aberto (@parlamento_aberto). O material também estará disponível no Facebook, Instagram e YouTube da Orquestra Sinfônica de Piracicaba.

Para a produção, oito instrumentistas participaram de gravações externas em cartões-postais piracicabanos, como a margem do rio que dá nome à cidade, no trecho embaixo da Passarela Pênsil, a Casa do Povoador e a fachada da Câmara de Vereadores de Piracicaba. No charmoso bairro Monte Alegre, as gravações acontecerem em meio às casas históricas da avenida Comendador Pedro Morganti e no interior e exterior da Capela São Pedro, obra neoromântica que possui afrescos do pintor Alfredo Volpi. 

Em determinados trechos do vídeo, são inseridos mosaicos com 45 dos 60 músicos da OSP, de todos os naipes, que fizeram a gravação da música de suas casas, assim como o maestro Jamil Maluf. Completam a produção imagens do Parque do Engenho Central, espaço que abriga o Teatro Erotídes de Campos, palco das apresentações da OSP entre 2015 e 2018, e o Teatro Municipal Dr. Losso Netto, casa oficial dos concertos do conjunto, desde o ano passado.

Os arranjos da música têm a assinatura de Jackson Lúcio, trompista da OSP. Além dele, contribuíram o também trompista Evandro Neves e o trombonista Felipe Martim Coelho, este último responsável pela edição do vídeo e sincronização do áudio, e Bruno Brito na mixagem e masterização. Coube ao Departamento de Comunicação da Câmara a edição final e captação de imagens externas, aos cuidados de Gustavo Annunciato e Márcio Bissoli Miglioranza. O roteiro e a direção artística são de Rodrigo Alves e a direção geral é de Valéria Rodrigues. 

CURIOSIDADES – Conforme o Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira, a composição "Rio de Lágrimas" é assinada pelo piracicabano Piraci, em parceria com Tião Carreiro e Lourival dos Santos. Ela foi lançada em 1970, pela dupla Tião Carreiro e Pardinho, no LP "A Força do Perdão", pela Chantecler-Continental.

"Rio de Lágrimas" se tornou um clássico da música caipira e foi regravada, entre outros, por Mineiro e Manduzinho, Sérgio Reis, Pena Branca e Xavantinho, Renato Teixeira, Almir Sater, Caim e Abel, Passoca, Bráz da Viola, Mazinho Quevedo e Chitãozinho e Xororó. Em 2005, foi incluída na trilha sonora do filme brasileiro "2 Filhos de Francisco", de Breno Silveira.

Cultura Gilmar Rotta

Texto:  Rodrigo Alves - MTB 42.583
Supervisão de Texto e Fotografia: Valéria Rodrigues - MTB 23.343

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