IR: vereador destaca importância da destinação para causas sociais
Câmara reduz em R$ 8 milhões seu orçamento para 2021
Previsto no PPA há três anos, valor para 2021 seria de R$ 49,16 milhões. Mesa Diretora trabalhou para a redução já na proposta de LDO a ser enviada pelo Executivo.
Orçamento da Câmara será R$ 8 milhões menor que o previsto para 2021
Crédito: Leandro TrajanoO presidente da Câmara de Vereadores de Piracicaba, Gilmar Rotta (CID), e o vice-presidente, Pedro Kawai (PSDB), atuaram nas últimas semanas para que o orçamento da Casa para 2021 fosse reduzido em R$ 8 milhões.
A proposta de LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) que estava sendo elaborada pelo Executivo previa R$ 49,16 milhões, seguindo o Plano Plurianual de três anos atrás. A alteração para R$ 41 milhões, que sofreu resistência da Secretaria Municipal de Finanças, foi publicada no Diário Oficial desta terça-feira (30) e está em projeto de lei que será enviado ao Legislativo.
Na semana passada, após reuniões, o presidente da Câmara encaminhou ofício ao Executivo em que trata de forma definitiva os valores que deverão constar da LDO. Após estudos e análises de todos os recursos necessários para os exercícios financeiros de 2019 e 2020 e a devolução de quase R$ 20 milhões em cortes no duodécimo ou no próprio orçamento nesses dois anos, Gilmar Rotta disse que os valores excedentes na proposta de 2021 deveriam ficar na Prefeitura, a fim de serem aplicados em áreas necessárias ao município, em vez de serem destinados ao Legislativo, que, ao final do ano, faz a devolução.
O parlamentar explica que, "muitas vezes, a administração deixa de atender uma demanda na área de saúde, por exemplo, enquanto há recursos travados no Legislativo, sem razão nenhuma para serem utilizados". Ele aponta, ainda, que o próprio Tribunal de Contas, em análises anteriores à sua gestão, já sinalizou que tal prática não é a adequada.
"E não é mesmo. Os recursos do Legislativo devem ser utilizados para manter sua estrutura administrativa, servidores e materiais, as ações parlamentares regimentais e o fortalecimento da transparência pública e da participação popular —e os valores apresentados atendem a todas essas necessidades", disse.
Pedro Kawai observa que "a Câmara vem, ano a ano, trabalhando sua gestão com austeridade e economicidade, reduzindo o uso do orçamento a que tem direito pela Constituição". "Nós utilizamos pouco mais de metade dos 5% legais do Orçamento geral da Prefeitura para o custeio da Casa. Com isso, auxiliamos o Executivo, para que aplique esses recursos, por exemplo, na saúde", comentou.
O vice-presidente da Câmara destaca que a manutenção desse recurso no Orçamento geral "será muito importante em 2021, ano em que a cidade terá que lidar com os efeitos da pandemia da Covid-19, como a redução de receitas tributárias". "Com essa atitude, estamos mantendo o uso do orçamento em patamares de dois anos atrás e fazendo nossa parte para que o Poder Público possa realizar suas ações para a retomada da economia no ano que vem", apontou.
Na avaliação de Gilmar Rotta, "com uma gestão enxuta e atenta aos pequenos detalhes, presente no dia a dia da Casa, ficou provado que é possível dinamizar a aplicação dos recursos, garantindo que a estrutura esteja em condições de atender às demandas da população e das atividades legislativas".
O presidente ressalta que "muitas medidas foram tomadas na Câmara para reorganizar o setor administrativo", principalmente quanto aos recursos humanos e à geração excessiva de horas extras. "Não por culpa dos servidores, mas porque por muitos anos não foram repostos cargos de servidores aposentados, exonerados e falecidos. Isso gerou acúmulo de serviço e gastos, além de contratos para suprir tarefas para as quais não se tinham servidores", disse.
Um caso específico citado pelo presidente é quanto aos sistemas de informática utilizados para a administração da Casa e para o cumprimento de legislações como a Lei de Acesso à Informação, a Lei de Licitação e outras normas que exigem ferramentas digitais específicas para prestação de contas. Até recentemente, tais plataformas eram fornecidas por empresas, já que a Câmara não as desenvolvia.
Com a realização de concurso público em 2019 e o chamamento de servidores, foram admitidos profissionais que hoje estão à frente da criação desses sistemas próprios, o que fará com que, ainda em 2020, contratos em andamento —relativos aos serviços digitais oferecidos por terceiros— deixem de ser renovados, gerando mais economia aos cofres do Legislativo. "Esta é apenas uma das razões que deixam claro que a Casa não precisa deste orçamento para 2021, pois o conjunto de providências e de recursos economizados é significativo para esse corte", garantiu Gilmar Rotta.
Notícias relacionadas
Homenagem aos metalúrgicos: vereadora destaca importância da categoria
População negra é 34 anos mais antiga que Piracicaba
Vereador defende política focada na população e execução do orçamento
Vereador cobra prêmio-assiduidade em casos de falecimento de parentes
Vereador destaca mutirão de cirurgias de cataratas em policlínica
Vereador solicita esclarecimentos sobre atraso em cirurgia
Concurso público: vereadores questionam 20 itens de edital
Vereador destaca conquistas e projetos em entrevista à TV Câmara
PL modifica a composição do Conselho de Ciência, Tecnologia e Inovação
Vereador cobra melhoria viária e destaca avanços na área da saúde
Plenário derruba parecer e mantém projeto que proíbe árvore invasora
Obra sobre os 200 anos da primeira Constituição rende homenagem
Moradores do Vila Rezende reclamam de mato alto em área verde
Vereador solicita correção de placas de trânsito no Castelinho