"Precisamos somar o máximo de pessoas em prol de um bem comum, o dos direitos humanos", disse o professor Marcos Sorrentino, em palestra de lançamento do Movimento Acampa Brasil, ocorrida nesta segunda-feira (4), na sala de aula da Escola do Legislativo, da Câmara de Vereadores de Piracicaba.

Conduzido pelo professor Josué Adam Lazier, o evento contou com três palestras: do fotógrafo Xosé Abad, integrante do Movimento Acampa criado na Galícia, na Espanha, que falou sobre as motivações do projeto e suas experiências nele; de Marcos Sorrentino, sobre a origem do Movimento Acampa Brasil de Piracicaba; e da engenheira florestal e mestre em ecologia aplicada Valéria Freixêdas, sobre os princípios do Movimento Acampa Brasil, as frentes de atuação e a trajetória do grupo.

O Movimento Acampa Brasil de Piracicaba teve início em 2018, após a participação de integrantes do OCA (Laboratório de Política e Educação Ambiental), da Esalq-USP (Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", da Universidade de São Paulo), no evento "Pro Acampa Coruña", que ocorreu em junho de 2018, na província de Galícia, na Espanha. Em dezembro do mesmo ano, o grupo realizou a primeira apresentação do Movimento Acampa Brasil em Piracicaba.

De acordo com Valéria Freixêdas, o movimento piracicabano busca unir instituições e constituir redes de coletivos municipais para atender às demandas da população. O grupo atua para auxiliar pessoas em situação de vulnerabilidade, isto é, aquelas que vivem com renda inferior ao valor necessário para a subsistência, em situação de refúgio ou sem moradia.

Professor sênior, coordenador do OCA e um dos organizadores do Movimento Acampa Brasil de Piracicaba, Marcos Sorrentino disse que, dentre as principais atividades do grupo, estão a organização de um encontro anual sobre o projeto e caravanas que, segundo ele, aproximam as iniciativas e instituições que atuam no Acampa Brasil das pessoas que estão em situação de vulnerabilidade.

O Movimento Acampa foi fundado em 2016, na Galícia, por organizações que compõem a entidade "Coruña contra la guerra", que reivindica ações em prol de refugiados. O movimento, que tem como emblema a frase "Pela paz e o direito ao refúgio", busca defender os direitos humanos, o direito internacional humanitário e o direito ao refúgio.

"O projeto busca unir as forças das organizações e pessoas para aproveitar toda essa energia e avançar nos direitos humanos", disse o fotógrafo Xosé Abad.

Ao final das palestras, foi realizada uma mesa-redonda. Diretora da Escola do Legislativo, a vereadora Nancy Thame (PSDB) acompanhou a apresentação dos líderes do movimento.