O profissional técnico em contabilidade é o responsável por cuidar de toda a parte financeira de uma empresa, realizando a escrituração contábil e fiscal, registros e lançamentos contábeis de transações financeiras, cálculo de impostos, juros e taxas, acompanhamento de contas, receitas e despesas, elaboração de demonstrativos financeiros e balancetes, análise de contas patrimoniais e controle patrimonial, além de ser o responsável pela prestação de contas da instituição.

Ruth Tomoe Fujikawa Noguti, admitida em 18 de outubro de 2010, é a atual técnica em contabilidade da Câmara de Vereadores de Piracicaba. De acordo com ela, a função do servidor público formado em contabilidade é basicamente a de fazer o registro e o controle da execução orçamentária e financeira do setor.

“A execução da nossa função envolve vários processos como a liquidação, que consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, através de NFs (Nota Fiscal de Serviços Eletrônica), pagamento bancário e contábil, apurar impostos retidos, reserva e liquidação de despesas”, explica Ruth.

Descendente de japoneses, natural de Londrina (PR) e formada em ciências contábeis pela UEL (Universidade Estadual do Paraná) Ruth mora atualmente em Sumaré, mas viaja todos os dias para Piracicaba. Ela foi atraída pelo serviço público porque, de acordo com ela, ficou fora do mercado de trabalho durante sete anos, período em que decidiu morar no Japão.

“Fui ao Japão em busca de novidades, mas quando retornei já estava com uma certa idade e defasada na minha área para tentar emprego no setor privado, foi quando decidi tentar o concurso público”, contou.

Ela recorda que se dedicou muito em 2006, ano em que prestou o concurso da Câmara de Piracicaba, enquanto conciliava estudos, tarefas domésticas e a criação do filho ainda pequeno. “Foi uma época bem difícil.  Estudei em casa mesmo, por meio de apostilas. Me recordo que eram duas vagas, mas não passei de primeira. Um dos convocados desistiu da vaga, então eu fui chamada”, relembra.

Quando questionada sobre as diferenças do exercício da profissão nos setores público e privado ela aponta que a maior delas é que, nas instituições privadas, o objetivo é a conquista do lucro, diferente do setor público que não pode visar benefício próprio.  “Na Câmara nós fazemos a gestão de orçamento sem visar lucro. Um dos maiores desafios da nossa profissão é trabalharmos com um valor fixo orçamentário”, diz.

Trabalhar com a gestão de números é uma responsabilidade que Ruth exercita com destreza. “Amo a área de contabilidade, tento fazer sempre o mais correto possível, pois, temos que prestar muita atenção nos valores que temos que pagar, pois eles não podem divergir em nenhum momento, não pode ter erro”, enfatiza.

Para quem irá prestar o concurso público no dia 7 de julho, Ruth deixa um conselho: “É um emprego muito bom, mas é necessário estudar bastante, persistir muito”.

CONCURSO - Aos participantes que se inscreveram para o cargo de técnico em contabilidade, a prova terá duração de quatro horas. Cairão as disciplinas de conhecimentos gerais e há diferentes pontuações: língua portuguesa (10), matemática (10), atualidades (5), noções de informática (5), conhecimentos específicos (20) e redação em língua portuguesa.

Esta é apenas uma vaga, com vencimento de R$ 4.338,02 e carga horária de 40 horas semanais. É necessário que o convocado tenha o ensino médio completo e curso técnico em contabilidade e devido registro no Conselho Regional de Contabilidade.

Para mais informações acesse o edital.