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Fotógrafo em Paris fala sobre os impactos da pandemia na profissão
Filipe Xavier participou de live realizada nesta sexta-feira, no Instagram do Parlamento Aberto.
Xavier vislumbrou nos turistas brasileiros a possibilidade de consolidar uma carreira na fotografia
Filipe Xavier, fotógrafo brasileiro vivendo em Paris, na França, vislumbrou nos turistas brasileiros a possibilidade de consolidar uma carreira na fotografia. Há 11 anos, oferece ensaios fotográficos para turistas, casais e viajantes de passagem pela capital francesa.
À medida que os números de infectados pela Covid-19 cresciam e as medidas de prevenção ficavam cada vez mais rígidas, o fotógrafo, cujo trabalho depende exclusivamente do contato direto e cotidiano com a rua e as pessoas, passou a vivenciar uma realidade completamente distinta: a de confinamento e incertezas diante do futuro da profissão.
“O nosso confinamento foi bem rígido, só podíamos sair de casa com autorização e para serviços absolutamente essenciais como ir ao médico ou à farmácia. Além disso, as fronteiras e os aeroportos foram fechados, o que impactou diretamente no meu trabalho”, contou Xavier, em live realizada nesta sexta-feira (16), no Instagram do Parlamento Aberto.
Neste período mais crítico, o governo francês criou um sistema de ajuda para pequenas e médias empresas e trabalhadores independentes. Mesmo contemplado pela iniciativa, o fotógrafo relatou ter sentido muita frustração ao presenciar a queda da economia e de postos de trabalho. “Passamos pelo momento mais rígido em maio; depois, as leis flexibilizaram um pouco, houve um relaxamento e os números voltaram a crescer: de 900 casos por dia, passamos para 33 mil.”
Para conter a segunda onda da doença, o presidente da França, Emmanuel Macron, decretou na quarta-feira (14) toque de recolher em Paris e em mais oito cidades. O toque de recolher se aplicará entre 21h e 6h e entrará em vigor a partir de sábado (17). As pessoas que não cumprirem a medida receberão multa de 135 euros (cerca de R$ 887). “Aprendemos as lições com o primeiro pico e hoje adquirimos mais conhecimento sobre o vírus. Acredito que passaremos por essa nova fase mais tranquilamente”, disse o fotógrafo.
O PROFISSIONAL - Formado em publicidade e propaganda pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, Xavier sempre esteve próximo da produção multimídia. Trabalhou com produtoras audiovisuais, cinema, TV e fotografia. Em 2008, teve a oportunidade de, ao lado da esposa, se mudar para Paris, onde reside até hoje.
Iniciou a carreira internacional trabalhando como correspondente para algumas mídias no Brasil, como Agência Estado, Agência Folha e Editora Abril. Depois de algum tempo, em diálogos com amigos de profissão, decidiu se aventurar em um novo nicho: turistas brasileiros que viajam à Cidade-Luz. “Aos poucos, consegui me estabilizar nesse mercado”, contou o fotógrafo, que registra, ainda, a Semana de Moda em Paris e o Congresso Mundial da Dermatologia.
“O que diferencia o meu trabalho de qualquer fotografia tirada de um celular é a técnica e meu olhar treinado, o que confere às imagens uma característica especial”, explicou.
A Torre Eiffel, o Museu do Louvre e a Ponte Alexander III são os locais favoritos do fotógrafo. Além destes, quando o turista deseja se aventurar um pouco mais, ele costuma oferecer cenários localizados na região de Montmartre, um antigo reduto de artistas por onde já passaram os pintores Pablo Picasso e Salvador Dalí, além de ser lar da Basílica de Sacré-Cœur. “Paris é um museu a céu-aberto que se mantém intacta desde o século 19, uma preciosidade”, detalhou o fotógrafo.
ACESSE O CONTEÚDO - As lives do programa Parlamento Aberto são realizadas no perfil do Instagram, que pode ser acessado em @parlamento_aberto. As entrevistas também podem ser conferidas no canal do YouTube do Departamento de Comunicação da Câmara de Vereadores de Piracicaba e, ainda, no podcast produzido pela Rádio Câmara Web. Para receber as informações do Parlamento Aberto direto no celular, cadastre-se na lista de transmissão do Whatsapp neste link.
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