Câmara lança frente parlamentar com foco na inclusão dos autistas
Gustavo Pompeo defende PPP, mas pede seriedade com dinheiro público
Vereador disse que, mesmo com troca de empresa em um contrato emergencial, transporte público da cidade continua apresentando problemas.
O vereador Gustavo Pompeo (Avante) voltou a criticar a situação do transporte público, que, no ano passado, após rescisão com a empresa Via Ágil, a antiga gestão fez um contrato emergencial com a Tupi, mas, na visão do parlamentar, “teve um monopólio, algo que parecido com uma máfia, e que ainda continua, não mudou nada”, disse, ao usar o espaço regimental a oradores, por 10 minutos, na 6ª reunião ordinária da Câmara.
“Está aí o contrato emergencial que tem que esperar acabar e aí vai ter uma nova licitação, que vamos acompanhar, porque acredito que todos os vereadores têm reclamação do transporte público. Não dá para aceitar o que aconteceu em Piracicaba”, disse. Ele salientou que não é contra parcerias público-privadas, mas que o dinheiro público precisa ser usado com responsabilidade.
Ainda sobre a PPP do transporte, ele questiona qual o motivo de a gestão anterior não ter utilizado os R$ 34 milhões, aplicados no contrato emergencial, para a empresa que já estava na gestão do serviço, no caso a Via Ágil. “Agora, o problema financeiro ficou para os funcionários, que, até hoje, alguns não receberam e tiveram que judicializar e outros tiveram que fazer um acordo que eu julgo criminoso, em que a pessoa trabalhou 20 anos para a empresa e teve que aceitar uma rescisão com 40% de desconto do que era devido”, disse.
Gustavo avalia que a “palavra certa” para definir o início da administração do prefeito Luciano Almeida (DEM) é “herança maldita”. “Usurparam os cofres públicos de Piracicaba, fizeram máfias, fizeram acordos, então, vai sair a CPI do Semae e o que fizeram anteriormente nós vamos tirar a poeira que eles colocaram debaixo do tapete para mostrar à população, porque aqui não temos medo de fiscalizar nada”, disse.
Ele lembrou que, além da PPP do transporte, outros contratos assinados pela gestão anterior também são questionáveis, como a PPP do Esgoto, feita com a concessionária Mirante, e a gestão do lixo, feito com a empresa Ambiental. “Não parecem contratos sérios, por isso nós vamos extirpar esse câncer. Porque as empresas privadas podem vir a assumir serviços na cidade, mas tem que vir de forma séria”, definiu.
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