EM PIRACICABA (SP) 06 DE OUTUBRO DE 2020

Jornalista destaca importância da educação midiática contra fake news

Claudia Assencio, jornalista e educadora, participou de live do Programa Parlamento Aberto




Toque na imagem para aumentar

Live foi transmitida na tarde desta segunda-feira (5), no Instagram do Parlamento Aberto





“Educação midiática é a preparação dos leitores das redes socais e das mídias para o mundo conectado de hoje. É preparar o leitor para leitura crítica das notícias, para analisar a produção e conhecer como as notícias são construídas.” Foi esse conceito dado pela jornalista e educadora Claudia Assencio à educação midiática, hoje competência especial da Base Nacional Comum Curricular, da Educação Básica no país. Claudia Assencio falou sobre “Educação Midiática: desinformação e guerra híbrida" na live do Programa Parlamento Aberto, nesta segunda-feira (5).

Para a educadora e jornalista, nos dias de hoje é importante conhecermos como é o processo das notícias e a educação midiática mais do que nunca se faz necessária. Ela diferenciou o erro jornalístico, que “ninguém está livre de cometer” e deve ser retratado, das fake news, onde o erro é intencional. “A notícia falsa é construída, é preparada, é planejada. Ela tem uma linguagem respeitosa à estrutura jornalística, tem esse verniz jornalístico, justamente para cativar o leitor”, explicou.

De acordo com a entrevistada, as fake news tem graus e nesse contexto pode ser colocada a desinformação. Um fato que aconteceu, mas é retirado do seu contexto, títulos apelativos usados para cativar o emocional do leitor e que não condizem com o texto, imagens que são usadas como chamarisco e que também não condizem com o texto, são exemplos de desinformação citados por Claudia Assencio. Para evitar a desinformação, Cláudia Assencio indicou não ler apenas o título, mas a notícia inteira, verificar se a notícia tem mais de uma fonte e quem são os entrevistados, verificar a autoria dos textos e se a publicação é assinada, já que geralmente as fake news não têm assinatura.

“A guerra hibrida é uma estratégia feita para lidar com o psicológico das pessoas e vai se beneficiar das redes sociais para prejudicar alvos indiretos”, explicou Claudia Assencio. Segundo ela, noticia falsa sempre existiu, mas agora existe um projeto arquitetado para que esse tipo de notícia ganhe força de munição. 

A jornalista destacou que educação midiática vai preparar as pessoas para serem usuárias das redes, informar os receptores da informação e também formar as pessoas que compartilham essas informações para que elas sejam ‘reprodutoras de conteúdo conscientes’. “Uma vez que a gente aperta o clique, não sabemos a amplitude daquela mensagem, até onde ela pode chegar”, afirmou.

Links citados na live

Base Nacional Comum Curricular: 

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/

BNCC para navegação online:

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/

Livro do Andrew Korybko: Guerra Híbrida, da Revolução Colorida aos Fatos 

https://www.expressaopopular.com.br/loja/produto/guerras-hibridas-das-revolucoes-coloridas-aos-golpes/

Orgãos de Checagem: 

Agência Lupa

https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/

Projeto Comprova

https://projetocomprova.com.br/

AOS FATOS

https://www.aosfatos.org/

 

Parlamento Aberto

Texto:  Daniela Teixeira - MTB 61.891
Supervisão de Texto e Fotografia: Valéria Rodrigues - MTB 23.343

Notícias relacionadas