Vereador prestigia solenidade de valorização do policial militar
Líderes pregam respeito e amor como formas de combater preconceito
Presidente do Centro de Documentação, Cultura e Política Negra de Piracicaba e reverendo da Igreja Metodista Central concederam entrevista ao "Câmara Convida".
Programa foi ao ar na tarde desta quarta-feira
Crédito: Sidney JrRespeito e amor como formas de combater o preconceito foram defendidos por Agnaldo Oliveira, presidente do CDCPN (Centro de Documentação, Cultura e Política Negra de Piracicaba), e pelo reverendo Osvaldo Elias de Almeida, da Igreja Metodista Central, em entrevista ao programa "Câmara Convida", na tarde desta quarta-feira (27).
Dentro da programação da Semana Municipal da Consciência Negra, promovida no âmbito do Legislativo pelo vereador Marcos Abdala (REP), a atração da TV Câmara tem destacado, desde segunda-feira (25), temas ligados à cultura e às religiões afrobrasileiras em Piracicaba. O programa vai ao ar ao vivo, às 14h40, com a apresentação do jornalista Marcelo Bandeira.
Na terceira da série de entrevistas, Agnaldo defendeu que a sociedade "veja o valor da pessoa não pela cor da pele, mas pelo ser humano que ela representa". "O amor movimenta o mundo; que tenhamos mais amor pelas pessoas para mudar o país", pediu o presidente do CDCPN, após comentar sobre o trabalho da entidade em levar conhecimento a jovens da Fundação Casa.
Agnaldo informou que tem mantido diálogo com o comando da Polícia Militar em Piracicaba para promover uma ação conjunta com comunidades a fim de esclarecer o papel da corporação na garantia da segurança da população. "Queremos fazer uma cartilha para levar às escolas e mostrar que a PM não é inimiga da sociedade, nem do negro."
Líder da Igreja Metodista Central, Osvaldo reforçou a necessidade de respeito ao próximo. "Se as pessoas tiverem a noção do que é respeitar o ser humano, avançaríamos muito. O nome 'intolerância religiosa' precisa ser revisto, porque tolerância é um espaço de poder: eu tolero o que quero tolerar e quem não quero tolerar eu não tolero. Já o amor não é um sentimento, mas uma decisão, a partir da qual minhas ações são pautadas."
O reverendo pontuou que as atividades em torno do Dia e da Semana da Consciência Negra devem estimular a reflexão. "As ações individuais, todas elas, influenciam nossa vida coletiva. Nós, que fazemos parte de uma sociedade multi-racial e cultural como a brasileira, temos de partir do princípio de que eu e minhas posturas e escolhas fazem grande diferença", comentou.
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