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Orador popular lê carta de Lula em defesa da soberania nacional
Wilson Fernando Trevizan ocupou tribuna da Câmara durante a 68ª reunião ordinária, na noite desta segunda-feira (18)
Wilson Fernando Trevisan ocupou a tribuna popular da Câmara de Vereadores de Piracicaba durante a 68a reunião ordinária, na noite desta segunda-feira (18), para ler carta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em defesa da soberania nacional. O texto, de 4 de setembro deste ano, foi apresentado durante o lançamento da Frente Mista Parlamentar da Soberania Nacional.
“Eu acho que esse documento, que é histórico, representa bem a situação em que estamos vivendo hoje no País”, avalia Wilson Trevizan.
No documento lido na tribuna popular, o ex-presidente Lula avalia que hoje o País está sendo destroçado por um governo de traidores. “Estão entregando criminosamente as empresas, os bancos públicos, o petróleo, os minerais e o patrimônio que não lhes pertence, mas ao povo brasileiro”, enfatiza. “Até a Amazônia está ameaçada por um governo que não sabe e não quer defende-la; que incentiva o desmatamento, não protege a biodiversidade nem a população que dependa da floresta viva”, critica o ex-presidente.
Ainda na carta lida, Lula diz que o que foi construído com esforço de gerações está ameaçado de desaparecer ou ser privatizado em prejuízo do País. “O mercado não vai proteger um dos maiores territórios do mundo. Não vai oferecer acesso universal à educação, saúde, seguridade social, segurança pública, cultura. O mercado não vai construir um país para todos”, escreveu.
A carta do ex-presidente Lula faz críticas à condução da Operação Lava Jato. Sem citar nome, classifica que a destruição da indústria no Brasil é resultado da ação do governo atual e pelas consequências “do que fez um juiz em Curitiba”. Wilson acrescentou: “E todo mundo sabe que é o (Sérgio) Moro (ex-juiz da operação, atualmente ministro de Justiça). É isso o que ele e a Lava Jato fizeram.”
O texto ainda critica a política externa implementada pelo governo do atual presidente Jair Bolsonaro, classificando-a como “entreguista”, sugere o enfrentamento para evitar o que define como “projeto de destruir nossa infraestrutura, o mercado interno e a capacidade de investimento público”, e conclui buscando a união de “amplas forças sociais e políticas” e renovando a fé num “Brasil que será novamente de todos”.
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