Vereador fiscaliza início das obras do PSF I e PSF II de Artemis
Tozão endossa luta de ativistas por programa em prol da saúde auditiva
Vereador intermediou conversa entre Raquel Moreno, com surdez adquirida há 20 anos, Marcella Giusti, fonoaudióloga, e o secretário municipal de Saúde.
Autor da indicação 2.606/2019, em que propõe ao Executivo a adoção de um programa de saúde auditiva em Piracicaba, o vereador Osvaldo Schiavolin, o Tozão (PSDB), intermediou a conversa entre duas ativistas engajadas na viabilização do projeto e o secretário municipal de Saúde, Pedro Mello. O encontro ocorreu na tarde desta sexta-feira (18), no Centro Cívico.
A ativista Raquel Moreno, com surdez bilateral adquirida há quase 20 anos, e a fonoaudióloga que a acompanha, Marcella Vitti Giusti Martorini, especialista em audiologia, defendem a realização de ações nas escolas municipais para a detecção de possíveis problemas auditivos de alunos. Parte da proposta já está contida na indicação elaborada por Tozão, mas deve ganhar mais detalhes em projeto que Raquel e Marcella formalizarão ao Executivo.
Na conversa com Pedro Mello, o secretário, que apoia a ideia, observou que os próprios professores podem ser capacitados caso o programa seja colocado em prática, tal como já acontece em relação a problemas de visão dos estudantes. Ele também disse que a iniciativa deve ser casada com os esforços para a vinda de um CER (Centro Especializado em Reabilitação) para Piracicaba.
O CER, do governo federal, é um ponto de atenção ambulatorial especializado em reabilitação, que realiza diagnóstico, tratamento, concessão, adaptação e manutenção de tecnologia assistiva em pelo menos duas de quatro modalidades de reabilitação: auditiva, física, intelectual e visual.
Pedro Mello falou da importância do diálogo político para a viabilização de recursos, principalmente federais, para serem aplicados em programas desse tipo, algo que já vem sendo estudado pela Secretaria Municipal de Saúde.
Marcella disse que a proposta de começar trabalhando com as escolas municipais visa, a longo prazo, estabelecer uma política voltada à saúde auditiva em Piracicaba. Segundo ela, os principais problemas que afetam crianças em idade escolar são "perda auditiva congênita, quando se nasce com essa dificuldade, e infecções de ouvido recorrentes".
"O que pode ser feito inicialmente nas escolas é criar uma espécie de 'peneira grossa', com uma triagem auditiva para identificar essas crianças com possíveis sinais de perdas auditivas, fechar o diagnóstico delas e encaminhar para reabilitação", disse a fonoaudióloga.
Raquel reforçou a necessidade de ações, na saúde, para a prevenção de casos de perdas auditivas. "Transformei minha jornada de 20 anos em missão", disse ela, ao falar de sua disposição para debater o tema em escolas e outros espaços da sociedade.
Tozão, que tem dado apoio à iniciativa, elogiou o empenho de Raquel e Marcella. "Vou continuar acompanhando. Só conseguimos algo em prol da população se formarmos forças. Temos que ter juntos o Executivo, o Legislativo e profissionais da área que possam somar", afirmou o vereador.
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