O vereador Gustavo Pompeo (Avante), ao discursar na tribuna enquanto líder nesta segunda-feira (25), durante a 41ª reunião ordinária de 2021 da Câmara Municipal de Piracicaba, destacou um evento realizado no último dia 23, no barracão 14A do Engenho Central, voltado à apresentação das leis existentes no país e que permitem aos surdos exercerem seus direitos e garantirem sua participação na sociedade.

Voltado à comunidade surda, o evento contou com uma palestra ministrada por Priscila Gaspar, atual diretora de políticas públicas da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, que trouxe aos participantes um panorama da legislação voltada aos surdos, bem como os canais de atendimento atualmente disponíveis em nosso país: "a Priscila Gaspar trouxe tudo que é direito, que já está instituído. Ela é do governo federal, e falou sobre a legislação federal, os direitos dos surdos e os meios que eles tem para denunciar", disse o vereador

Durante a atividade, segundo o parlamentar, que foi por ele organizada e que teve a participação do Centro de Assistência de Referência à Surdez (Cersurdo), alguns participantes surdos relataram as dificuldades pelas quais muitas vezes passam quando buscam atendimento em órgãos públicos. 

"Foi importante essa participação da Priscila. Ela explicou e mostrou os canais que devem e podem ser usados para auxiliar em atendimentos presenciais, onde o intérprete não está presente. Uma surda trouxe uma situação em que ela precisou fazer um boletim de ocorrência e, aí, o filho dela, que é ouvinte, fez a sinalização, e ela o registrou. Ali foi muito claro que não é obrigação do filho dela fazer isso, mas da polícia, do órgão público ter acessibilidade para essa pessoa. Então, por mais que tenha sido registrado o boletim, não foi de forma acessível", ressaltou o vereador. 

Gustavo Pompeo também lembrou da existência de canais de denúncia existentes e que possibilitam de alguma forma garantir aos surdos que seus direitos sejam respeitados:

"Tem o canal 100 e o 180. Um é específico para mulheres, mas você podem denunciar porque é a mesma central, e tem a possibilidade de ser anônimo. Então, se a pessoa com deficiência se sentir coagida para fazer a denúncia, ela a pode fazer de forma anônima. Existem também o WhatsApp, o DDD é o (16) 996565008, e tem o Telegram, onde você pode fazer chamada, tem acessibilidade em Libras para se fazer essas denúncias. É extremamente importante que se tenha já esse instrumento para fazer, pouco usado, pago pelo dinheiro púbico", concluiu o vereador.