Em Fórum, Câmara debate loteamentos irregulares na zona rural
Ampliar coleta seletiva é desafio no plano para resíduos sólidos
Fórum de Gestão e Planejamento Territorial Sustentável recebeu representantes da Prefeitura na tarde desta sexta-feira (21)
A reciclagem dos resíduos no Município ainda é baixa. Fica entre 7 a 9% - conforme os números oficiais da Prefeitura – daquilo que seria possível ser reutilizado. O desafio, para ampliar este momento, é atuar na ampliação da coleta seletiva, observou a vereadora Nancy Thame (PSDB), após mais uma reunião do Fórum Permanente de Gestão e Planejamento Territorial, nesta sexta-feira (21), na sala de reuniões do 2º andar do prédio anexo da Câmara.
“Embora a empresa tenha sido contratada (na PPP do Lixo) para fazer 100% da reciclagem, segundo consta os números são baixos”, observa Nancy. Ela avalia que são vários problemas que precisam superados para ampliar o montante no Município. “Primeiro, é resolver os diversos problemas na coleta, já que temos informações de que os munícipes colocam o lixo em um horário na parte da manhã e a empresa passa à noite ou no dia seguinte”, diz.
Além disso, Nancy aponta a necessidade de trabalhar as pessoas interessadas em coletarem os resíduos, não limitando apenas àqueles que estão dentro da cooperativa (Reciclador Solidário), mas também individualmente. No entanto, salienta a parlamentar, o Município deve se preocupar em relação ao rendimento destes trabalhadores, criando estímulos para a coleta seletiva.
“As catadoras, diga elas porque a maioria é mulher, têm um rendimento de cerca de 900 reais por mês, isso é muito pouco com tudo aquilo que elas estão colaborando. A gente tem que repensar tudo isso e, antes de mais nada, dar dignidade a quem realiza este serviço tão fundamental”, aponta.
Outro aspecto apontado pela parlamentar é o desenvolvimento da Educação Ambiental. Ela lembra que no Orçamento Municipal de 2020, a verba para o setor reduzida pela metade, antes era 1%, agora está em 0,5%. “Temos tantos bons técnicos que desenvolvem este trabalho, mas ainda é insuficiente, por isso precisamos pensar em ampliar a abrangência deste projeto”, disse.
Representante da Sedema (Secretaria Municipal de Defesa do Meio Ambiente), Celise Romanini aponta que, embora a reciclagem no Município ainda seja baixa, está dentro de uma média de cidades com o mesmo porte, o que, esclarece ela, “é uma dificuldade que acomete o País de forma geral”.
Celise salienta, ainda, que a reciclagem vem aumentando, “mesmo que engatinhando”, e ainda é preciso computar os resíduos que são coletados individualmente, já que os números oficiais absorvem apenas aquilo que é produzido pela empresa Ambiental, responsável pela PPP do Lixo.
Para a técnica da Sedema, o desafio da reciclagem também inclui a logística reversa, na qual os fabricantes e toda a cadeia de distribuição de produtos são responsabilizados pela coleta do material a ser reutilizado. “São ações que dependem mais dos governos estadual e federal”, lembra, ao apontar que, no ano passado, a Cetesb, companhia do Estado, alterou regras na emissão de alvarás para contribuir com o trabalho no Município.
“Ainda estamos em um momento de transição, entre a responsabilidade do poder público e dos integrantes da cadeia produção e distribuição, mas já é um começo e isso tende a dar resultados”, finaliza.
A reunião desta tarde também contou com a participação de Laís Ferreira de Camargo, do GMEA (Grupo Municipal de Educação Ambiental), ligado à Sedema.
O Fórum de Gestão e Planejamento Territorial Sustentável realiza, mensalmente, reuniões na última sexta-feira do mês. A próxima será no dia 27 de março. O colegiado é coautoria da vereadora Nancy com o vereador Paulo Serra (CID) e recebe participantes de entidades e organizações, assim como público em geral nos temas discutidos durante seus encontros.
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