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Atendimento em Libras pelo Corpo de Bombeiros é tema de oficina
"Não se esqueçam de dizer que estão aprendendo libras, senão o surdo vai achar que vocês já sabem", disse a palestrante Rebeca Maniezzo, durante palestra nesta tarde (19)
A psicoterapeuta Rebeca Fialho Maniezzo da Silva ministrou palestra por meio da plataforma eletrônica Zoom
“O atendimento de Libras no Corpo de Bombeiros” foi o tema de oficina desenvolvida pela psicoterapeuta Rebeca Fialho Maniezzo da Silva em evento promovido pela Escola do Legislativo "Antônio Carlos Danelon - Totó Danelon", da Câmara Municipal de Piracicaba (SP) por meio da plataforma online Zoom. O intérprete de Libras, que presta serviços ao Legislativo Municipal, Thiago Laubstein, foi o tradutor da oficina, que contou com 29 participantes, alguns deles servidores do Corpo de Bombeiros. A abertura foi feita pelo coordenador da Escola, vereador Pedro Kawai (PSDB).
Graduada em Psicologia pela Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) e especialista em Terapia Cognitiva Comportamental, Rebeca falou de sua deficiência auditiva desde pequena, quando teve meningite. Recebeu apoio de uma tia, que fez uma ‘vaquinha’ “para arrecadar dinheiro para a sua mãe comprar um aparelho auditivo. “Se o surdo não consegue se comunicar na língua dele, tudo fica mais difícil”, relatou a palestrante.
Ao iniciar a explicação, Rebeca apresentou uma dinâmica da importância da Libras (Língua Brasileira de Sinais). “A libras é visual, sendo que tem gramática própria. O português também possui linguagem própria, pois cada país tem a sua língua de sinais”. O atendimento do Corpo de Bombeiros, explica Rebeca, tem características muito importantes. “É preciso o atendente dizer que está aprendendo libras quando for procurado por algum surdo em uma emergência, senão ele vai achar que você já sabe. Nem todos os surdos dominam a leitura labial. Você pode expressar o rosto junto com a libras”, completa.
A falta de comunicação – principalmente com os órgãos públicos – piora a situação. Rebeca exemplificou a necessidade de o atendente explicar os procedimentos para salvar uma criança que está engasgando. “ O primeiro passo é o cumprimento pessoal para que o surdo se sinta seguro de modo que a vítima não fique muito nervosa. As expressões faciais também ajudam bastante com o sinal que você está fazendo para o surdo”.
Na sua fala, Rebeca frisou o tempo todo que é necessário o atendente do Corpo de Bombeiros saber conversar em libras. Alguns participantes disseram por meio do chat que chamadas para atendimentos de partos, engasgos e lesões são algumas que predominam no cotidiano da corporação. Willian André relatou pelo canal da Escola do Legislativo no Youtube que atendeu uma vítima surda que sofreu uma queda e pôde auxiliar a pessoa porque sabia “mais ou menos libras”, sendo que conversou por meio do alfabeto.
Outra situação preocupante é que não existem aplicativos ou outros dispositivos eletrônicos que permitam remotamente e instantaneamente a comunicação dos surdos com os canais de emergência, como é o caso dos bombeiros e da Polícia Militar. “Mesmo no banco enfrentamos muito problemas porque não há intérpretes”, reitera Rebeca.
A diretora da Escola do Legislativo, vereadora Silvia Morales (PV), do Mandato Coletivo “A Cidade é Sua”, agradeceu a presença dos participantes e disse que a “Escola é cidadã”, referindo-se à grade de cursos e palestras destinados aos mais diversos perfis de público.
A agenda da Escola do Legislativo pode ser acessada pelo www.camarapiracicaba.sp.gov.br, no ícone Escola do Legislativo.
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