Vereador cobra solução para vazamento de água na av. Laranjal Paulista
Baseada em índices de 1 ano atrás, proposta da LDO é apresentada
Peça elaborada pelo Executivo traz valores para 2023 com base em cenário que foi previsto em setembro de 2021; correções virão quando da votação da Lei Orçamentária Anual
Feita com base em cenário previsto há um ano, a proposta do Executivo para a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) traz valores do planejamento do município para 2023 que tendem a ser atualizados integralmente quando o projeto da LOA (Lei Orçamentária Anual) for mandado para a Câmara.
Isso porque a peça debatida na tarde desta terça-feira (30), em audiência pública na Casa de Leis com a participação de vereadores e do primeiro escalão do governo Luciano Almeida, baseia-se em projeções do Banco Central de setembro de 2021, quando a estimativa para a inflação no ano que vem era de 3,25%, a de crescimento do PIB (produto interno bruto) era de 2,30% e a da taxa Selic era de 6,50%.
No mais recente Boletim Focus divulgado pelo Banco Central, nesta segunda-feira (29), as projeções para 2023 nesses três indicadores são, respectivamente, de 5,30%, 0,37% e 11%. Tais índices fundamentam os cálculos dos técnicos da Prefeitura para a previsão da arrecadação e dos gastos da administração ao longo de todo um ano. Nesse cenário baseado em setembro de 2021, a proposta da LDO de 2023 projeta receitas de R$ 2.149.524.000.
"Neste projeto de lei, o Poder Executivo não propôs alterações devido às incertezas inflacionárias e à desatualização do Boletim Focus no momento da elaboração da LDO. Todos os ajustes necessários serão propostos com a entrega da LOA 2023 e será necessária a revisão do Plano Plurianual", explicou o secretário municipal de Finanças, Artur Costa Santos, durante a audiência pública convocada pela Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara.
Pela atual proposta da LDO 2023, que será debatida mais uma vez na Casa de Leis em audiência pública a ser promovida pela Comissão de Legislação, Justiça e Redação no próximo dia 13, as secretarias com o maior orçamento no ano que vem seriam a de Saúde, com R$ 481,568 milhões; Educação, com R$ 449,856 milhões; Defesa do Meio Ambiente, com R$ 157,603 milhões; Finanças, com R$ 88,633 milhões; e Mobilidade Urbana, Trânsito e Transportes, com R$ 65,875 milhões.
A Guarda Municipal teria R$ 46,193 milhões; a Secretaria de Obras, R$ 58,465 milhões; a de Assistência e Desenvolvimento Social, R$ 53,454 milhões; a da Ação Cultural, R$ 19,994 milhões; a de Esportes, Lazer e Atividades Motoras, R$ 16,234 milhões; a de Agricultura e Abastecimento, R$ 14,142 milhões; e a de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, R$ 7,399 milhões.
O Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto) deve ter R$ 288,800 milhões; o Ippasp, R$ 215,269 milhões; a Câmara, R$ 44,800 milhões; a Fumep, R$ 24,086 milhões; a Emdhap, R$ 10,097 milhões; e o Ipplap, R$ 1,966 milhão. As principais receitas em 2023 viriam do ICMS (R$ 471,419 milhões), do ISSQN (R$ 235,939 milhões), do Fundeb (R$ 195,427 milhões) e do IPTU (179,808 milhões).
Além do projeto de lei 146/2022, que contém a proposta do Executivo para a LDO 2023, a audiência pública também tratou do projeto de lei 160/2022, que faz o remanejamento da renúncia de receita privada no Orçamento de 2022. A proposta é de reduzir a renúncia em R$ 2,5 milhões em dois setores hoje beneficiados (R$ 1 milhão de dívidas de IPTU e R$ 500 mil de dívidas de ISSQN a serem recolhidos pelo programa Refis e R$ 1 milhão de IPTU do Parque Tecnológico) para ampliar, no mesmo valor, as renúncias em ITBI e ISSQN (que aumentariam em R$ 1,1 milhão e R$ 1,4 milhão, respectivamente) para a expansão industrial.
"As isenções contidas no anexo II já foram aprovadas por leis no passado com o intuito de promover o crescimento econômico e o desenvolvimento local. É dever do Poder Executivo monitorar os mecanismos de ajustes fiscais, sem prejuízo das metas propostas, possibilitando novos investimentos ao município que geram emprego, trabalho e renda", justificou Artur.
O presidente da Comissão de Finanças e Orçamento, André Bandeira, destacou que a convocação para a audiência pública, via requerimento 597/2022, determinou o comparecimento de todo o secretariado e o envio do projeto de lei da LDO à Câmara com antecedência mínima de 48 horas, com o intuito de permitir melhor avaliação da peça. "E para que as dúvidas que existem sejam já dirimidas. De agora em diante, será uma praxe dessa comissão", disse. O vereador apresentou ao público um estudo da própria comissão em relação aos números apresentados na proposta do Executivo para a LDO.
Presidente em exercício da Câmara, o vereador Acácio Godoy, que é relator da comissão, observou que a expectativa para o Orçamento de 2023 é de que, "com um cenário ainda difícil, mas um pouco melhor definido", quando comparado aos dois anos anteriores da pandemia, o governo possa "traçar uma rota" dos projetos que são prioritários.
O vereador Reinaldo Pousa, membro em exercício da comissão, ressaltou o "papel importantíssimo" das discussões na audiência pública e das peças orçamentárias para o planejamento do município para o próximo ano.
As vereadoras Rai de Almeida e Silvia Morales fizeram questionamentos aos representantes do Executivo sobre valores estimados para ações de secretarias. Também participaram da audiência pública a vereadora Ana Pavão e os vereadores Josef Borges, Thiago Ribeiro e Paulo Camolesi.
Pelo Executivo, estiveram presentes os titulares das secretarias de Finanças, Educação, Saúde, Obras, Esportes, Lazer e Atividades Motoras e Ação Cultural, Administração, Assistência e Desenvolvimento Social, Governo, Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo e Defesa do Meio Ambiente; da Emdhap; do Ippasp; do Semae; e da Fumep; além de representante da Procuradoria Geral.
Notícias relacionadas
Vereador solicita instalação de vaga de embarque e desembarque
Vereador solicita cascalhamento em travessa do Unileste
Indicação pede que Executivo reveja proibição de estacionamento em via
Lutador de Muay Thai recebe homenagem da Câmara
Vereador pede corte de mato e iluminação no Terras di Treviso
CLJR recebe mais dois vetos do Executivo
Vereador destaca Ação de Empregabilidade na Paróquia São Pedro
Câmara aprova projetos de lei para denominação de locais públicos
Vereador cobra destino para antigo prédio da UPA
Quatro votos de congratulações são aprovados pela Câmara
No dia mundial, conscientização sobre Parkinson é destaque na sessão
2ª Ação de Empregabilidade fomenta inserção no mercado de trabalho
Vereador defende cobertura em quadras poliesportivas da cidade
Projeto prioriza pessoas com câncer na fila da tramitação de processos