Vereador quer saber se rua do Nova Piracicaba terá recapeamento
Câmara aprova mês de promoção à saúde mental materna
Projeto de lei 100/2022 é de autoria da vereadora Rai de Almeida (PT)
Rai de Almeida (PT)
Crédito: Fabrice Desmonts - MTB 22.946A Câmara Municipal de Piracicaba aprovou, na 27ª reunião ordinária, nesta quinta-feira (23), a instituição, no calendário oficial de eventos do município, a campanha “Maio Furta-cor”, dedicado às ações de conscientização e incentivo ao cuidado e promoção da saúde mental materna.
A campanha está prevista no projeto de lei 100/2022, de autoria da vereadora Rai de Almeida (PT), que foi aprovado, em primeira discussão, pelo plenário.
Na justificativa do projeto, a autora explicou que o mês de maio ter sido escolhido para a campanha é por ser o de celebração do Dia das Mães. Já a cor furta-cor denomina a campanha em virtude da tonalidade que se altera de acordo com a luz que recebe, não havendo uma cor absoluta para quem lança o olhar. O mês Maio Furta-Cor foi idealizado por Nicole Cristino, psicóloga clínica e perinatal, e Patrícia Piper, médica psiquiatra e psicoterapeuta com atuação na perinatalidade.
“É importante que se esclareça a relevância da dedicação à saúde mental das mães, porquanto, apesar do forte estigma social em torno de temas ligados à saúde mental, há um alarmante aumento nos casos de depressão, ansiedade e, infelizmente, suicídio entre as mães”, justificou a vereadora.
Ela lembrou de que se estima que uma em cada quatro mulheres sofram de depressão pós-parto e que mais da metade já sofria da doença desde a gestação, porém não há diagnóstico e tratamento adequado a tempo.
“O cenário pandêmico tem deixado um pesado fardo para as mães: a precarização da vida recai sobre elas. Escolas fechadas por mais de um ano, famílias fragmentadas, tripla jornada de trabalho, reduções e disparidades salariais, desemprego, informalidade, aumento dos índices de violência doméstica e feminicídio são apenas alguns dos fatores que impactam na saúde mental materna”, colocou a vereadora.
Ela colocou ainda que há um contingente de mulheres em idade reprodutiva que são portadoras de transtornos mentais e que acabam vulnerabilizadas pelo estigma social relacionado ao transtorno mental e à maternidade.
Rai de Almeida salientou que a campanha deverá buscar parcerias para a realização de palestras, rodas de conversa, entrevistas, lives, marchas, caminhadas, mamaços, rodas de dança mãe-bebê e ações gratuitas ao longo de todo o mês de maio.
Na discussão do projeto de lei, durante a 27ª reunião ordinária, a vereadora afirmou que a gravidez também traz para as mulheres ansiedade, angústia e preocupação que muitas vezes desencadeia num adoecimento. “Nós precisamos sensibilizar a sociedade porque não é só a criança que precisa ser acolhida, nós precisamos também acolher essa mulher porque às vezes ela está com um problema de depressão, angústia e ansiedade e as pessoas que estão em seu entorno não conseguem perceber esse adoecimento”, afirmou.
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