Caroline Sanches tem 21 anos e trabalha há dois anos e meio como recepcionista em uma multinacional. Ela tem amigos em todos os lugares, gosta de ler a bíblia e assistir a lives do cantor gospel Regis Danese, seu ídolo. Convidada da live do Programa Parlamento Aberto, a jovem que nasceu com síndrome de Down, falou sobre sua rotina e seus hobbies.

A entrevista de Caroline faz parte da programação do “Setembro Verde e Azul”, que traz convidados abordando temas relacionados a luta pela acessibilidade das pessoas com deficiência, altas habilidades, transtornos do desenvolvimento, bem como as atividades da comunidade surda. “Vamos falar sobre síndrome de Down” foi o tema da live desta quinta-feira (17).

Carlos Sanches, pai de Caroline, também participou da live e falou sobre a criação e o desenvolvimento da jovem. Ele contou que Caroline foi incentivada desde cedo a ser independente e conviver com crianças sem síndrome de Down, em escolas regulares.

Estudante do ensino médio, a entrevistada disse ser uma boa aluna e que gosta de estudar matemática, português e educação física. Ela tem vários amigos na empresa onde trabalha, onde convive com muitas pessoas, e relatou ter ficado muito feliz quando viu o tamanho do lugar onde iria trabalhar.

Desde os dois anos de idade, Caroline estuda em escolas regulares. De acordo com o pai dela, o objetivo de matriculá-la em escolas “comuns” foi para prepará-la para o mundo. Ele quer deixar a filha mais independente e acredita que isso ajuda no desenvolvimento dela. “Eu a quero preparada, nós preparamos esse caminho para ela. Hoje ela é muito bem resolvida, se comunica muito bem com as pessoas, tem uma facilidade gigantesca de fazer amizades”, disse.

Carlos Sanches relatou que enfrentou resistências para matricular Caroline no ensino fundamental regular, pois as escolas alegavam que não tinham profissionais preparados para lidar com crianças com síndrome de Down. Ele acredita que ao longo dos anos essas resistências vêm melhorando e hoje está mais fácil fazer a inclusão numa escola regular.

Carol, como gosta de ser chamada, está em casa durante a pandemia por se enquadrar no chamado “grupo de risco” do novo coronavírus. Enquanto está em isolamento social, ela gosta de assistir lives, ficar no celular e ensinar a irmã mais nova. Ela também gosta de tirar fotos, de ir à igreja e orar pelas pessoas, em especial pelos muitos amigos que tem. “Meus amigos são muito especiais para mim, eles me ensinam o que é amar. É um presente que Deus me deu, meus amigos são tudo o que eu tenho na minha vida”, disse a jovem.

O pai de Caroline elogiou o Espaço Pipa (Associação Síndrome de Down de Piracicaba) e disse que a associação tem uma boa participação no desenvolvimento da jovem. “Lá tem muitos profissionais especializados que fizeram minha filha e outros jovens com síndrome de Down ter a facilidade de enxergar o mundo de uma forma diferente”, afirmou. Sanches contou que o Espaço Pipa foi o responsável pela inserção de Caroline no mercado de trabalho.

O programa Parlamento Aberto, da Câmara de Vereadores de Piracicaba, exibe, de 14 a 25 de setembro, uma série de lives em seu perfil no Instagram voltadas a ampliar a conscientização da população sobre os direitos da pessoa com deficiência e o desenvolvimento de ações necessárias para sua acessibilidade e inclusão nas diversas esferas da sociedade, conforme prevê o decreto legislativo 51/2019. As transmissões têm início sempre às 17h.

ACESSE O CONTEÚDO

As lives do programa Parlamento Aberto são realizadas no perfil do Instagram, que pode ser acessado em @parlamento_aberto. As entrevistas também podem ser acessadas no canal do YouTube do Departamento de Comunicação da Câmara de Vereadores de Piracicaba e, ainda, no podcast produzido pela Rádio Câmara Web.

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