EM PIRACICABA (SP) 17 DE NOVEMBRO DE 2022

Escola do Legislativo da Câmara lança primeira publicação

Lançamento de e-book ocorreu em encontro presencial, que também contou com palestra sobre intolerância




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Lançamento do primeiro livro da Escola do Legislativo

Crédito: Guilherme Leite - MTB 21.401


Na tarde da última terça-feira (16), foi realizado o lançamento do e-book “Educação para a Cidadania e a Experiência da Escola do Legislativo”, a primeira publicação organizada pela Escola do Legislativo da Câmara Municipal de Piracicaba, em parceria com e Editora Metodista, ligada à Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba). São sete artigos ao todo e a publicação conta com prefácio do presidente da Câmara, vereador Gilmar Rotta (PP), e apresentações escritas pela vereadora Silvia Morales (PV), do Mandato Coletivo “A Cidade É Sua”, diretora da Escola, e pelo vereador Pedro Kawai (PSDB), coordenador.

"A Escola cresceu muito nestes seis anos, com muitas parcerias e isso mostra o crescimento da Câmara também. Hoje a Escola do Legislativo é da cidade de Piracicaba e esse primeiro livro traz um pouco de tudo o que aconteceu neste período", afirmou Gilmar Rotta. 

Sílvia Morales afirmou que a data é muito especial para a escola. "Sempre nos deparamos com algumas burocracias e agora conseguimos a primeira publicação da Escola do Legislativo, com temas diversos, sempre pensando na educação para a cidadania", afirmou. 

Para o vereador Pedro Kawai, a Escola do Legislativo é de extrema importância porque abriu as portas para a população. "Hoje temos uma grande participação, seja online ou presencial, e o livro é um legado de todo o trabalho de sucesso desses últimos anos", afirmou.

Os artigos tematizam sobre a promoção à cidadania; o empoderamento das mulheres e a formação cidadã; o empreendedorismo da população feminina encarcerada; a iniciação política; a educação para a tolerância; a regularização fundiária na construção do ambiente urbano e, encerrando o livro, reflexões sobre mérito e democracia. 

Os textos têm autoria de facilitadores voluntários associados à Escola do Legislativo, que também estiveram presentes no evento, entre eles Nancy Thame, engenheira e secretária da Sema (Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento de Piracicaba). Ela afirmou que a Escola do Legislativo é um espaço de diálogo no poder mais próximo da população, o Legislativo. "Além da formação e capacitação dos servidores, fortalece o diálogo, a consciência cidadã da sociedade, independente do nível de escolaridade. Traz as demandas e as sabedorias da sociedade", afirmou.

Outro autor de um dos textos, Josué Adam Lazier, doutor em Educação pela Unimep, onde atua como docente e diretor de Extensão e Cultura, além de conselheiro da Escola do Legislativo, explicou que, neste livro, as pessoas encontrarão um histórico da Escola do Legislativo. "São reflexões com boa fundamentação, em linguagem fácil e acessível para todas as pessoas e encontrarão inspiração para refletir sobre cidadania, direitos humanos e tolerância", afirmou Lazier.

Também estiveram presentes os autores Marilda Soares, doutora em História Social e assessora especial de projetos na Secretaria Municipal de Educação; Marcelo Bongagna, jornalista e professor-orientador dos cursos de MBA em Marketing e Varejo Físico e On-line do Instituto Pecege; Humberto Dantas, cientista social, mestre e doutor em ciência política pela USP e comentarista político da Rede Vida de TV.

Também assinam artigos Aline Meme Gallo, advogada e pós-graduada em Gerenciamento Ambiental pela FEALQ/USP; Silvia Maria Morales, vereadora, engenheira civil e docente da Faculdade de Tecnologia de Piracicaba (Fatep), além de diretora da Escola do Legislativo; e Tiago Cerqueira Lazier, doutor em Ciência Política pela USP e coordenador de projetos e programas do Instituto Piracicabano de Estudos e Defesa da Democracia (IPEDD).

A primeira edição do e-book foi publicada pela Editora Metodista, ligada à Unimep e sua versão digital está disponibilizada gratuitamente no site da Câmara, basta clicar aqui para ter acesso. 

PALESTRA - Antes do lançamento do livro, foi promovida uma palestra sobre intolerância. A data é celebrada anualmente em 16 de novembro em diversas partes do mundo, por meio de ações desenvolvidas com o objetivo de combater os mais variados tipos de intolerância cultural, econômica, religiosa, sexual e étnico-racial, dentre outras e, para discorrer sobre o tema, esteve presente a historiadora, pedagoga e gestora pública, Marilda Soares. A vereadora Silvia Morales (PV), do mandato coletivo ‘A Cidade É Sua’, diretora da Escola, e o vereador Pedro Kawai (PSDB), coordenador, abriram os trabalhos.  

Em um contexto histórico, Marilda Soares ressaltou que o Dia Internacional da Tolerância foi criado em 1996, pela Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), após a declaração de princípios sobre a tolerância, adotada em 16 de novembro de 1995 por 185 Estados-membros. “É importante que se diga que, em 1995 o mundo vivia um contexto muito conturbado de guerras, disputas e manifestações diversas de violência, em diversos seguimentos da sociedade, por isso, essa data não é aleatória, é uma resposta dos estados-membros da ONU de reestabelecimento da paz”, disse.

De acordo com a etimologia da palavra, Marilda explicou que “tolerância” vem do termo latino “tolerare” que significa “dar suporte’. Segundo ela, ao longo do tempo, são incontáveis os exemplos de intolerância e, na mesma medida, de formas de organização para alcançar o equilíbrio social por meio da tolerância, do respeito e da conquista dos direitos individuais e coletivos.

Ao longo do século XX, a historiadora pontuou que existiram mais de 100 guerras, todas elas motivadas pela intolerância e pelo desejo de uma nação manter o domínio sobre a outra. “Esse desejo surge e é alimentado por uma série de concepções e ideologias que acabam sendo apropriadas como uma forma de xenofobia e exclusão do outro. E não há nesses discursos um senso de humanidade que possa nos conduzir”, enfatizou.

Para promover a tolerância, a palestrante destacou que é preciso ter a educação como parte prioritária do processo. “A declaração universal dos direitos humanos de 1948 cita que todas as pessoas tem o direito à liberdade e ao pensamento, de consciência e religião, além de opinião e expressão. A educação deve fortalecer assa compreensão”, pontuou.

Marilda disse ainda que é preciso haver um aperfeiçoamento moral da vida social. “Em Política, Aristóteles apresenta o que considera a melhor forma de viver em sociedade: praticando o aperfeiçoamento moral, que consiste em sair do egoísmo e viver conforme o que é verdadeiro e objetivamente bom”.

 

Escola do Legislativo Legislativo Gilmar Rotta Pedro Kawai Silvia Maria Morales

Texto:  Rebeca Paroli Makhoul - MTB 25.992 Pedro Paulo Martins Laura Fedrizzi Salere
Supervisão:  Rodrigo Alves - MTB 42.583

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