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Mulher: "Violência que adoece" é debatida em roda de conversa
Bate-papo integra a programação dos "16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres
Roda de conversa foi realizada na tarde desta quarta-feira (1º)
Crédito: Fabrice Desmonts - MTB 22.946“Aquilo que nos adoece pode ser um gatilho para gente buscar situações diferentes”, afirmou a advogada Rosália Toledo Veiga Ometto, facilitadora da roda de conversa “Violência: adoece as mulheres?”. A atividade, realizada na tarde desta quarta-feira (1º), integra a programação dos "16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres", evento promovido pela Câmara Municipal de Piracicaba.
Voltado para as servidoras da Câmara, que puderam expor ideias e relatar experiências, o bate-papo teve como principal objetivo “colocar a mulher na cena principal”. A facilitadora Rosália Ometto destacou que a mulher só consegue ser protagonista da sua própria história se tiver o mínimo existencial, como condições públicas e grupos de apoio. “A importância de colocar a mulher no centro da sua própria vida é descobrir dentro dela mesma, enquanto mulher, o que ela quer, o que lhe é permitido por lei e o que lhe é permitido pela sociedade, que são coisas diferentes”, afirmou.
A advogada apresentou trechos da Constituição Federal de 1988 e do Código Civil que garantem a “igualdade formal de direitos para homens e mulheres” e trechos de leis criadas especificamente para proteger as mulheres, como a Lei Maria da Penha (11.340/2006) e a lei 13.642/2018, que protege as mulheres contra a misoginia na internet. “Se tem que fazer uma lei nesse nível, é porque na prática não tem”, frisou a advogada.
Para Rosália Ometto, a violência adoece as mulheres “mentalmente e fisicamente”. Ela explica que o stress potencializa tudo e uma violência é “o ápice do stress”. A advogada apontou a ajuda coletiva como fundamental para as mulheres vítimas de violência. “Eu acho que isso tem que ser revisto para que a gente tenha uma torneira que saia as coisas ruins. Nesses grupos de apoio você dá uma escoada nessas dores ou ressignifica elas, assim as feridas vão virar cicatrizes e a gente é feita de cicatrizes, de rugas, de marcas, mas podemos conviver com elas harmonicamente”, declarou.
Juntamente com as servidoras da Casa, as vereadoras Rai de Almeida (PT) e Silvia Morales (PV), do Mandato Coletivo A Cidade é Sua, integrantes da Procuradoria Especial da Mulher, participaram da atividade. “Esta roda de conversa dá uma proximidade e nós podemos compartilhar as nossas dificuldades, sonhos e desejos”, elogiou Rai de Almeida. A vereadora destacou a proposta apresentada pelas participantes do bate-papo de discutir alternativas e espaços para construção de um comitê para que as servidoras da Câmara tenham como “referência para falar das dificuldades”.
Para a estagiária do Departamento Administrativo e de Documentação da Câmara, Letícia Lopes Abelha, a roda de conversa com a participação de servidoras foi uma “iniciativa incrível”: “Eu quero participar de todas que eu puder e tomara que tenha muito mais e que cada vez tenham mais pessoas vindo porque é uma iniciativa muito necessária, principalmente aqui que a gente mexe com coisas muito importantes que afetam a cidade inteira", afirmou.
Confira a programação dos "16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres":
Abertura de exposição marca início dos '16 Dias de Ativismo' na Câmara
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