EM PIRACICABA (SP) 05 DE NOVEMBRO DE 2021

"O que falta na favela é oportunidade", diz orador na tribuna popular

Herold Eugênio de Souza evidenciou o trabalho da Cufa (Central Única das Favelas) e pediu apoio aos vereadores para aprovação do "Dia da Favela"




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Herold Eugênio de Souza participou da tribuna popular na noite desta quinta-feira (4)

Crédito: Fabrice Desmonts - MTB 22.946




No início da 42ª reunião ordinária desta quinta-feira (4), o orador Herold Eugênio de Souza utilizou o tempo de 10 minutos na tribuna popular para discorrer sobre o tema: "4 de Novembro: a importância da data para comunidades e o trabalho da Cufa (Central Única das Favelas).

Morador em Piracicaba (SP), no bairro Vila África - região da Vila Independência -, Souza explicou aos vereadores e ao público que acompanhou os trabalhos camarários, que a Cufa é uma organização conhecida nacional e internacionalmente e realiza atendimento assistencial para cinco mil favelas brasileiras em 600 municípios. Em Piracicaba, oito mil famílias recebem apoio em 16 favelas.

"O Dia da Favela é um momento de reflexão. Peço apoio de todos para quando vier o projeto, que nos ajudem, Precisamos que esse dia seja votado, pois será um marco para a cidade, um reconhecimento. Piracicaba tem muita favela. Nosso trabalho é corpo a corpo, não só entregamos as cestas, nós vemos as demandas de cada morador. Precisa de medicamentos, de leite especial e outros alimentos", relatou Souza em referência ao projeto de lei de autoria da vereadora Silvia Morales (PV), do Mandato Coletivo "A Cidade é Sua", que institui na Câmara Municipal de Piracicaba o "Dia da Favela". O texto já passou pela Comissão de Legislação, Justiça e Redação e, em breve, seguirá a plenário para ser apreciado.

O orador apresentou números: "as favelas geram R$ 119 bilhões de reais por ano, equivalente ao PIB (Produto Interno Bruto) da Bolívia ou Paraguai. O que falta é oportunidade para que as pessoas possam gerir seus negócios, entender que são empreendedores e que contribuem com a economia".

Na sua apresentação, Souza frisou que a população tem um conceito errôneo sobre as favelas: "Quando falamos em favela pensamos em comunidades carentes, mas caminhamos na contramão. Não podemos dizer que a favela é carente, mas a carência é de oportunidade", explicou.

 

 

 

Silvia Maria Morales Tribuna Popular

Texto:  Marcelo Bandeira - MTB 33.121
Supervisão:  Rodrigo Alves - MTB 42.583

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