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Palestra destaca plano de negócios na atividade do mel
Evento promovido pela Escola do Legislativo nesta quinta-feira (23) trouxe palestras que evidenciam potencial da criação de abelhas para o desenvolvimento econômico
Palestra foi realizada de forma presencial, na Escola do Legislativo, na tarde desta quinta-feira (23)
Crédito: Fabrice Desmonts - MTB 22.946A Escola do Legislativo da Câmara Municipal de Piracicaba promoveu, nesta quinta-feira (23), a palestra “Plano de Negócios na atividade do Mel", destinada a apicultores, meliponicultores, agricultores familiares e demais interessados no tema.
Foram abordados, durante a palestra, tópicos relativos à importância econômica de atividades de produção e comercialização de alimentos para o município; a aspectos gerais da importância do planejamento e organização do negócio; ao impacto do plano de negócios na comercialização do produto; às vantagens e benefícios do negócio estruturado.
Carlos Vicente Mercadante, especialista em direito empresarial pela Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) e consultor de políticas públicas no Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) de São Paulo, e Simone Dias, engenheira florestal há 20 anos e gestora em Agtech, com experiência na área ambiental, educação ambiental, advocacy e sustentabilidade foram os palestrantes do evento, mediado pela vereadora Silvia Morales (PV), do mandato coletivo ‘A Cidade É Sua’.
Mercadante destacou que a palavra "negócio", conceitualmente, não se trata apenas, por exemplo, de negócios financeiros ou comerciais, mas sim de toda atividade humana capaz de produzir efeitos jurídicos. “O negar o ócio também é um negócio. A negação da ociosidade leva a pessoa à ação”, contextualizou.
Outro conceito abordado pelo especialista foi o de "empreendedor". Ele ressaltou que, em uma visão mais simplista, é possível compreender o empreendedor como aquele que assume riscos e inicia algo novo, "o visionário que vê o que ninguém vê", aquele que realiza antes, que sai da área do sonho, do desejo e parte para a ação. “Existem coisas que vão acontecer de maneira aleatória, mas existem coisas que serão resultado daquilo que hoje, estrategicamente, você produz. A figura do empreendedor é aquela de quem aceita fazer hoje para colher amanhã”, explicou.
Para isso, no entanto, é preciso definir estratégias que garantam e justifiquem, com base no potencial de consumo, toda a operação do negócio ou projeto em questão: “para se ter uma estratégia, é preciso ter dados em mãos e compilar dados que façam sentido para aquele projeto”, disse.
Potencial econômico - Em sua fala, a engenheira florestal Simone Dias destacou a importância da atividade apícola para o município. Ela reforçou que, para que ela ocorra, é preciso, primeiramente, haver a polinização: “sem a polinização não temos a preservação da biodiversidade, pois os dois estão extremamente ligados e, dessa forma, não conseguiríamos garantir a soberania alimentar”, informou.
Ainda segundo a palestrante, além do ganho econômico direto com os produtos apícolas, a criação de abelhas também contribui diretamente para um melhor desempenho na produção agrícola, com frutos maiores, mais pesados e vistosos. A criação de abelhas, segundo ela, também contribui para a geração de um maior número de sementes e para um maior teor de micronutrientes nas plantas.
Segundo a engenheira, isso acontece pois são as abelhas as responsáveis pela polinização de cerca de 75% do total das plantas existentes na Terra. “É uma atividade de impacto que gera valor para todo o entorno, seja ele econômico, social ou socioeducativo”, destacou.
De acordo com Simone, existem no mundo cerca de 20 mil espécies de abelhas. Deste total, aproximadamente 2.500 foram identificadas no Brasil. A palestrante explica que, dentro deste grande universo, algumas abelhas são classificadas como sociais (apresentam organizações sociais, divisão de trabalho e diferenciação de castas), e outras são classificadas como solitárias (a fêmea cuida de si: faz a construção do ninho, postura e alimentação).
Em relação ao principal produto por elas produzido, o mel, ela ressaltou que ele é um alimento natural, saudável e rico, com boas quantidades de açúcar e carboidratos, o que o torna uma fonte rápida de energia. Além disso, o mel também possui ácidos orgânicos, a exemplo do ácido glucônico, que contribui para a formação do peróxido de hidrogênio, um poderoso antibactericida.
Ainda segundo Simone, ferro e cobre, elementos que contribuem para a ação antimicrobiana, também são encontrados no mel: “ele é um alimento natural muito rico, que é o que o mercado está consumindo no momento. Ele entra no nicho de alimentação saudável que já existe hoje”, reforçou a palestrante ao concluir sua exposição.
A palestra “Plano de Negócios na atividade do Mel" pode ser vista, na íntegra, no início desta página.
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