EM PIRACICABA (SP) 15 DE OUTUBRO DE 2021

Servidor aposentado lamenta situação do funcionalismo municipal

Wilson Trindade usou a tribuna popular da Câmara, na noite desta quinta-feira (14), durante a 38 reunião ordinária.




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Wilson Trindade usou a tribuna popular da Câmara na 38ª reunião ordinária

Crédito: Guilherme Leite - MTB 21.401




Servidor público aposentado, Wilson Trindade usou a tribuna popular da Câmara Municipal de Piracicaba para lamentar a situação do funcionalismo na cidade. “São 10 mil funcionários sem carreira, sem aumento, sem reposição salarial, até porque todos prefeitos que passaram por aqui, desde 1977, quando entrei na Prefeitura, nenhum deles teve realmente carinho e ousadia de fazer um plano de carreira”, disse, ao usar a tribuna popular, na noite desta quinta-feira (14), durante a 38ª reunião ordinária.

Ele classificou que os servidores públicos municipais são “uma categoria desprezada, ganhando pouco”, disse. “Somos uma classe desprestigiada", acrescentou, ao isentar o Sindicato dos Municipais de qualquer culpa por essa situação. “Eu estive com eles, mas a gente percebe que o plano de carreira deve sair do Executivo e nenhum (dos prefeitos) teve a hombridade e a firmeza de fazer isso”, destacou, ao lembrar que o servidor da Prefeitura de Piracicaba está sem plano de carreira há 31 anos. “Não tem nada a comemorar”, disse.

Trindade aproveitou o espaço para destacar a área da cultura, atualmente sob a gestão do secretário municipal Adolpho Queiroz. “Eu percebo que os artistas de Piracicaba precisam de muito apoio, precisamos ser vistos como um todo”, disse. “Ainda que seja um tempo curto para questionar o secretário, eu tenho ouvido o clamor da cidade, todos precisam de apoio financeiro e precisamos de outro plano para que possamos juntos fazer um trabalho com todos os artistas locais”, definiu.

Da mesma forma, Trindade destacou a situação do esporte, “não dá para julgar o secretário Hermes Balbino, mas eu acho que está todo mundo tímido”, disse. “Nem parece que temos um secretário na cidade”, disse ao pedir que o titular da Selam converse com as pessoas que desenvolvem projetos na área. “Eu mesmo, foi marcada uma reunião e depois foi anulada, falaram que iriam transferir de dia, mas nem me chamaram mais”, informou.

“Sem apoio, estrutura, nem nada, o esporte não pode sobreviver. Temos ideias para arrecadarmos dinheiro juntos”, sugeriu. “Todos têm mania de falar que não tem verba para esporte e cultura, então para que existem as secretarias”, indagou, ao concluir: “temos que arrumar verbas para todos, porque realmente o esporte da cidade está jogado às traças, da mesma maneira que está o funcionalismo público”, destacou Trindade.

Ele comemorou a volta da utilização dos varejões para festas nas comunidades e destacou que foi uma luta dos líderes de bairros para que fosse permitida a venda de cerveja nestes eventos. “Como todo respeito à Nancy Thame (secretária de Agricultura e Abastecimento, responsável pela gestão destes espaços), mas ela queria tirar até a cerveja, como você vai fazer um baile dançante sem uma cervejinha”, questionou Trindade.

Tribuna Popular

Texto:  Erich Vallim Vicente - MTB 40.337
Supervisão:  Rodrigo Alves - MTB 42.583

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