EM PIRACICABA (SP) 19 DE SETEMBRO DE 2014

Capitão Gomes considera injusto valor do IPTU de imóvel na zona rural

"Aquele que tem a terra que era do avô, do bisavô, que preserva a mata ciliar, esse tem que ser reconhecido. Essa injustiça fiscal tem que parar!", pediu o vereador.




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Capitão Gomes quer reunir sitiantes e prefeito para rever medida que alterou cobrança de imposto

Crédito: Fabrice Desmonts - MTB 22.946


O vereador Carlos Gomes da Silva, o Capitão Gomes (PP), informou que vai se reunir com representantes do Executivo e donos de áreas na zona rural para buscar uma solução ante o valor de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) que a Prefeitura passou a cobrar desses terrenos. Antes, esses imóveis pagavam ITR (Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural), mas isso mudou com a alteração no zoneamento urbano, na gestão Gabriel Ferrato (PSDB).

Para o parlamentar, é injusto que o proprietário de uma área na zona rural que ainda não é provida, em seu entorno, de infraestrutura básica (como o asfalto, que é em parte bancado com o IPTU pago pelo contribuinte) pague o imposto na mesma proporção de quem tem imóvel em um condomínio em outras regiões da cidade, por exemplo.

Capitão Gomes pretende conversar com os secretários municipais de Governo e Finanças para buscar uma revisão do índice aplicado na cobrança do IPTU para os proprietários de imóveis que, com a alteração do zoneamento urbano, passaram a pagar tal imposto ao município, e não mais o ITR ao Incra, órgão que é ligado à União.

O vereador já tem em mãos pelo menos três casos de sitiantes que estão sem saber o que fazer diante do alto valor do IPTU que receberam para pagar. Em um deles, são cobrados R$ 137 mil de um imóvel avaliado pelo município em quase R$ 5 milhões. O dono herdou da família a propriedade, de características rurais.

"Temos que sentar, conversar e fazer o prefeito entender que aquele sitiante que está na avenida Laranjal Paulista, no bairro Monte Alegre, não é especulador. Aquele que tem a terra que era do avô, do bisavô, que preserva a mata ciliar, esse tem que ser reconhecido. Essa injustiça fiscal tem que parar!", pediu Capitão Gomes.

"Existe uma cobrança que eu acho abusiva; não concordo. O cidadão pode ter a terra, mas o que se está cobrando dele não tem condições [de ser pago]", completou o vereador.

Infraestrutura Urbana Carlos Gomes da Silva

Texto:  Ricardo Vasques - MTB 49.918

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