'É um orgulho ter servido a minha cidade', diz vereador
CLJR emite parecer contrário à instituição da cobrança de iluminação
De acordo com a CLJR, PLC que institui a Cosip (Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública) não atende a todos os requisitos constitucionais
Membros da Comissão de Legislação, Justiça e Redação: Thiago Ribeiro, Acácio Godoy e Paulo Camolesi
Crédito: Fabrice Desmonts - MTB 22.946A CLJR (Comissão de Legislação, Justiça e Redação) emitiu parecer contrário ao projeto de lei complementar nº 2/2024, de autoria do Poder Executivo, que institui a Cosip (Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública). A matéria altera o Sistema Tributário Municipal e rateia os custos com a iluminação pública entre consumidores residenciais e não residenciais situados na área urbana de Piracicaba.
O projeto estabelece que a cobrança deve ser aplicada às contas de energia elétrica dos consumidores, conforme a faixa de consumo mensal. O prefeito Luciano Almeida (PP) justifica, no projeto, que atualmente essa despesa é custeada pelo Tesouro Municipal e que a instituição do novo tributo está prevista no artigo 149-A da Constituição Federal, além de constar entre os apontamentos efetuados pelo Tribunal de Contas do Estado.
De acordo com a tabela que acompanha o PLC, a cobrança mensal é estabelecida entre R$ 0,90 (para contribuintes residencias com consumo abaixo de 50 KWh) até R$ 38,80 (acima de mil KWh); e entre R$ 1,90 (para contribuintes comerciais e industriais abaixo de 50 KWh) até R$ 87,20 (acima de mil KWh). Para outras classes, como a concessionária de energia, a contribuição prevista é de R$ 950 e, para o serviço público, em R$ 250. Consumidores de baixa renda e enquadrados na tarifa social são isentos.
Nota técnica - A CLJR é composta pelos vereadores Acácio Godoy (Avante), presidente, Thiago Ribeiro (Podemos), relator e Paulo Camolesi (PDT), membro. A nota técnica da Procuradoria Legislativa, seguida pela CLJR, concorda que a Constituição estabeleceu que os municípios podem instituir a cobrança, mas considera que a matéria possui vícios de inconstitucionalidade. Salienta que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) impõe que a legislação específica deve ser acompanhada de estimativa de impacto orçamentário financeiro no exercício em que for previsto o início da vigência do novo tributo e também nos dois seguintes, o que não ocorreu.
A nota técnica traz ainda que não é possível admitir nova norma sem estudo antecedente e sem a demonstração de compatibilidade com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), já que existe a necessidade de ser reestimada a receita e a renúncia para os casos de isenção, previstas para determinadas parcelas da população conforme renda. Segundo o documento, o projeto ainda afeta a Lei da Transparência, que regula o acesso às informações, já que não há obrigação de divulgação mensal dos valores da arrecadação da Cosip e nem a discriminação detalhada das despesas.
“Entendemos que o projeto nasce em bom termo constitucional, mas no detalhamento se afastou em diversas ocasiões do que a Carta Magna ordena, orienta e conduz e sendo assim não houve outra ação que não fosse decretar a sua inconstitucionalidade”, afirmou o presidente da CLJR, Acácio Godoy.
O parecer será levado para votação em Plenário. Se for acatado, o projeto será arquivado. Se o parecer for derrubado, a matéria segue em tramitação pelas demais comissões até ser levada ao Plenário para votação do mérito.
Notícias relacionadas
Vereador pontua trabalhos que marcaram mandato
Piracicaba vai contar com Política de Incentivo à Energia Solar
Vereador entrega voto de congratulações para alunos de academia
Vereador defende criação da Secretaria Municipal de Segurança Pública
'Afro Black Day' integrará calendário oficial de eventos do município
Câmara aprova seis projetos para denominações de espaços públicos
Câmara aprova cinco projetos para denominações de espaços públicos
Guilherme Melo e Thadeu Campos são reconhecidos por trajetória musical
Requerimentos questionam demora em cirurgias de joelho
Requerimento cobra Executivo dos prazos para obra de creche no Tatuapé
Aprovada em 1ª discussão, Lei Orçamentária prevê R$ 3,3 bi para 2025
Voto de congratulações a músico é aprovado
Vereador critica falta de deputados piracicabanos em Brasília
Câmara reconhece dinamismo de empresa do setor imobiliário