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Na tribuna da Câmara, munícipe defende impeachment de Barjas
José Edvaldo Brito ocupou a Tribuna Popular da Câmara nesta quinta-feira (28)
Presidente da Câmara e vereadora Nancy Thame responderam aos questionamentos
Crédito: Fabrice Desmonts - MTB 22.946O munícipe José Edvaldo Brito esteve na Câmara de Vereadores de Piracicaba, na 71ª reunião ordinária, nesta quinta-feira (28), para defender o impeachment do prefeito Barjas Negri (PSDB).
"O prefeito está na política há mais de 40 anos e há quase 20 anos à frente do Poder Executivo, com mais de 135 processos e, inclusive, condenações em segunda instância", disse ele. "Por onde passou fez estragos, foi processado por improbidade administrativa. Éstá condenado em segunda instância por cometer irregularidades na construção da policlínica de Santa Teresinha e hoje está impedido pela Justiça a se candidatar a prefeito, está no cargo mediante recursos em tribunais superiores", completou.
Para o munícipe, a Comissão de Estudos sobre o Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto) criada na Câmara apresentou irregularidades. "Chegamos à conclusão de que esta Casa, em sua maioria, está sendo omissa com todos esses crimes que o grupo do prefeito Barjas Negri vem cometendo na cidade há muito tempo."
Ele citou os contratos do lixo, da empresa Ambiental, e a Via Ágil (responsável pela concessão do transporte público no município). Segundo Brito, existem irregularidades cometidas por elas, silenciadas pelo prefeito.
Brito sugeriu que o presidente da Câmara, Gilmar Rotta, coloque em votação o projeto de resolução 7/2019, dos vereadores Paulo Serra (CID) e Laércio Trevisan Jr. (PL), que sugere alterações ao Regimento Interno da Câmara de Vereadores de Piracicaba no que diz respeito a assinatura de um terço dos vereadores para requerimentos. "Que coloque em votação e que se dispute no voto, para que possamos lhe agradecer e elogiar. É o Tribunal de Contas que fala que o senhor Barjas Negri é corrupto", finalizou o munícipe.
Em resposta, o presidente Gilmar Rotta informou que a Câmara constituiu, por meio de resolução, a Comissão de Estudos do Regimento Interno e da Lei Orgânica do Município. "Foram constituídas duas comissões nesta Casa, que estão em vigor, com reuniões quinzenalmente para discutir. Dentro dessas reuniões, foi aprovada uma ata por essas comissões. Nela, ficou deliberado que as propostas de alteração tanto do Regimento Interno quanto da Lei Orgânica do Município, apresentadas pelos vereadores, tivessem seu trâmite suspenso e que fossem encaminhadas às comissões para análise das normas. Isso impede que este presidente tome qualquer atitude. Os vereadores estão discutindo isso. Por parte deste presidente, não estou segurando nada, estou cumprindo deliberação do plenário, inclusive do Paulo Serra, que está nas duas comissões", esclareceu.
A vereadora Nancy Thame (PSDB), que preside a comissões de revisão da LOM e do Regimento Interno, também se manifestou. "Existe sim uma defasagem no Regimento Interno e na Lei Orgânica do Município e, nesse sentido, tivemos mudanças na Constituição, tem toda uma atualização a ser feita. A cada 15 dias, passamos uma manhã com a assessoria dos departamentos e a consultoria técnica da revisão do Plano Diretor, além do Igam (Instituto Gamma de Assessoria a Órgãos Públicos). Terminamos toda a revisão do Regimento Interno, a pendência no momento é colocar na técnica legislativa. Essa linguagem tem que vir afinada. O grupo técnico contratado por esta Casa está fazendo os ajustes. Não sei se vai dar tempo de tramitar este ano, mas no começo do ano, passando o recesso, com muita responsabilidade e assistência técnica", disse.
Ao final, Gilmar Rotta lembrou que a Presidência da Câmara está de portas abertas e que as comissões se reúnem a cada 15 dias.
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