Vereador solicita cascalhamento em travessa do Unileste
Piracicaba celebrará o Dia Municipal do Batuque de Umbigada
Projeto de lei, de autoria do vereador Marcos Abdala, foi provado em primeira discussão na 60ª reunião ordinária.
Aprovação em primeira discussão ocorreu na 60ª reunião ordinária
Crédito: Fabrice Desmonts - MTB 22.946O Dia Municipal do Batuque de Umbigada será instituído no Calendário Oficial de Eventos do Município de Piracicaba, por iniciativa do vereador Marcos Abdala (REP), autor do projeto de lei 142/2019, aprovado nesta quinta-feira (17), na 60ª reunião ordinária. A votação do texto ocorreu em primeira discussão, logo, será necessária nova votação do plenário para depois ser encaminhado ao Executivo, responsável por sancionar a lei.
A data será comemorada anualmente, no dia 24 de junho. “O batuque de umbigada, assim como a cultura africana em sua totalidade, procura conservar suas raízes culturais, reflete o espírito de um povo e sempre será um dos símbolos de sobrevivência em nosso país”, enalteceu o parlamentar.
De acordo com o texto da propositura, a dança, manifestação artística que Piracicaba preserva e transmite por gerações, teve origem na África e foi trazida ao Brasil pelos navios negreiros na época de colonização. Ela começou na região do médio Tietê (Tietê, Porto Feliz, Laranjal, Pereiras, Capivari, Botucatu, Piracicaba, Limeira, Rio Claro, São Pedro, Itu, Tatuí).
O batuque de umbigada, que assemelha o movimento do corpo com o axé e a capoeira, tem como principal função festejar a fertilidade. “O batuque é uma manifestação em que, junto à batucada, há uma dança na qual um homem e uma mulher encostam seus umbigos como parte da coreografia”, explicou Abdala.
Segundo ele, o elemento principal da coreografia é a "umbigada", ou seja, quando o ventre da mulher bate à altura do ventre do homem. Os participantes dão passos laterais arrastados, depois levantam os braços, batendo palmas acima da cabeça, inclinam o corpo para trás e dão vigorosas batidas com os ventres. Esse gesto é repetido ao fim de todos os passos. “A umbigada tem uma espiritualidade muito grande”, comentou.
“Dentro da cultura banto existe a visão de que o umbigo é a nossa primeira boca e o ventre materno a primeira casa, a umbigada celebra o momento único em que eles se tocam, é como uma ode, um agradecimento ao dom da concepção, uma ação rápida e mágica, materializada através da dança”, acrescentou.
Ele afirma que, assim como outras manifestações populares presentes na cultura brasileira, o batuque de umbigada é um exemplo vivo de que as festas populares e religiosas traduzem a cultura popular, a linguagem do povo, tudo que vem dele e de sua alma. “Pode-se dizer que o batuque de umbigada transforma-se num símbolo muito além da sua resistência cultural, exerce a função construtiva de identidade e resistência negra”, elogiou.
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