Alunos da escola 'Dionetti Miori' participam do Conheça o Legislativo
Executivo irá avaliar pedido de redução no valor da tarifa de ônibus
Reunião entre Câmara, Conespi e representantes do Executivo discutiu o reajuste no valor da passagem dos transporte urbano
Reunião ocorreu na manhã desta quarta-feira (5)
Crédito: Guilherme Leite - MTB 21.401Com o objetivo de esclarecer dúvidas e fazer questionamentos sobre o aumento da tarifa do transporte urbano, a mesa diretora da Câmara Municipal de Piracicaba e membros do Conespi (Conselho de Entidades Sindicais de Piracicaba) foram recebidos, na manhã desta quarta-feira (5), por representantes do Poder Executivo. A reunião foi articulada pela mesa diretora da Câmara após o Conespi pedir ao Legislativo uma “intervenção junto ao Executivo” para que o prefeito Luciano Almeida (Democratas) recuasse da decisão de reajustar o valor da passagem de ônibus de R$ 4,90 para R$ 5,60.
A secretária de Mobilidade Urbana, Trânsito e Transportes (Semuttran), Jane Franco Oliveira, explicou aos presentes que o reajuste para R$5,60 foi aplicado com base nos índices inflacionários do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). “Nós não aplicamos em 2019 para 2020 e nem de 2020 para 2021. Se pegarmos o período de 2019 a 2021 vai dar esse índice em torno de 16%”, afirmou.
De acordo com a secretária, o reajuste da tarifa está vinculado ao custo da operação do transporte público e ao valor da passagem. Ela declarou que com o “aumento gritante” dos insumos que impactam no custo da operação, principalmente do diesel, está ficando “inviável para a prefeitura” pagar os subsídios, que incluem a gratuidade de 50% para estudantes e o transporte gratuito de idosos acima de 60 anos. “O município gostaria que todo mundo fosse transportado de forma gratuita, mas a gente não consegue fazer dessa forma, então por isso que o município subsidia uma parte e a outra parte é retirada desse valor dos passageiros que são transportados”, justificou.
Jane Oliveira frisou que existe em Piracicaba a tarifa social e qualquer pessoa que adquirir o cartão social vai pagar R$ 4,90 e não 5,60, que é o valor da tarifa.
Ao final da reunião, o Conespi informou que irá protocolar um documento pedindo que o Executivo faça um novo estudo que permita “revogar” o aumento da tarifa e que a resposta seja dada em cinco dias úteis. “Nós vamos levar todas essas considerações para serem debatidas com os demais e com o nosso prefeito para que a gente tenha um parâmetro e se chegar à conclusão de que por algum motivo haja a possibilidade do recuo, nós vamos anunciar posteriormente, após toda essa avaliação dos documentos que serão protocolados junto a prefeitura”, declarou a secretária da Semuttran, Jane Franco Oliveira.
O presidente do Conespi e presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Wagner da Silveira, afirmou entender os motivos relatados pela prefeitura, no entanto, os sindicatos estão representando os trabalhadores e o reajuste da tarifa vai impactar no bolso deles. “No momento a gente pede para que o prefeito revogue esse aumento para que se tenha uma conversa mais ampla. Isso aí não foi conversado com a sociedade e nem com a Câmara Municipal que está aqui nos ajudando”, disse.
Para o presidente da Câmara, Gilmar Rotta (Cidadania), a reunião foi “muito proveitosa” e certamente o Executivo dará um retorno positivo daqui a 5 ou dias 6 dias. “E que o prefeito comece a conversar com as entidades, com o Conespi, com a Câmara Municipal, para que ele possa chegar num valor um pouco mais justo, um valor menor”, disse.
Além dos representantes do Conespi, participaram da reunião os membros da mesa diretora da Câmara: Gilmar Rotta, presidente, o vereador Acácio Godoy (PP), vice-presidente da Câmara, Ana Pavão (PL), primeira-secretária, e Thiago Ribeiro (PSC), suplente da vice-presidência; e os representantes do Poder Executivo: Jane Franco Oliveira (Semuttran), Vanderlei Quartarolo, diretor de Transportes da Semuttran, Carlos Beltrame, secretário de governo, e o Procurador Geral do Município, Fábio Dionísio.
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