Câmara aprova instalação de temporizador nos semáforos com radares
Vereadores tiram dúvidas sobre Baep durante fala de comandante
Durante 45 minutos, tenente-coronel Fernando Aparecido de Souza apresentou dados do batalhão e respondeu a perguntas dos parlamentares.
Expediente ficou suspenso por 45 minutos para a participação do comandante do 10º Baep
Crédito: Fabrice Desmonts - MTB 22.946Um balanço dos quase três meses de atuação do 10º Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) foi apresentado pelo tenente-coronel Fernando Aparecido de Souza nesta quinta-feira (12), durante a 11ª reunião ordinária. Ele falou sobre o tema por 45 minutos ––a suspensão do expediente havia sido solicitada pelo vereador Laércio Trevisan Jr. (PL) no requerimento 158/2020.
O comandante do 10º Baep comentou a importância que teve a mobilização feita por Piracicaba ––da qual a Câmara participou, com aprovação de moção de apelo e coleta de adesões ao abaixo-assinado––para sensibilizar o governo paulista a antecipar o compromisso de campanha de João Doria (PSDB), selado nas eleições de 2018, e trazer o batalhão para a cidade ainda em 2019.
Originalmente, o Baep deveria ser instalado somente em maio deste ano, mas a articulação política e a pressão da sociedade motivaram a antecipação para 19 de dezembro passado. A unidade de Piracicaba é a décima no Estado, numa sequência que teve as regiões de Campinas, Santos e São José dos Campos como as três primeiras contempladas.
Ponderando que "ainda é cedo" para fazer comparativos sobre o impacto da presença do 10º Baep, que abrange 52 municípios da região, Souza apresentou balanço parcial com os números dos três primeiros meses de atuação: 97 pessoas presas, 52 flagrantes, 59 infratores recapturados e 20 armas e 73 quilos de drogas apreendidas. A unidade atuou ainda em uma operação conjunta com o Ministério Público para a apreensão de envolvidos no crime organizado.
Souza falou dos dois tipos de ação executados pelo Baep: as especiais, tais como reintegração de posse, escolta de alta periculosidade e resposta a assaltos a carros-fortes, e as suplementares, no apoio a áreas, dentro do CPI-9 (Comando de Policiamento do Interior), onde as estatísticas estejam apontando maior incidência de crimes.
Trevisan mencionou a mobilização de Piracicaba para a vinda do Baep e lembrou o encontro que teve com o general João Camilo Pires de Campos, secretário estadual da Segurança Pública, para reforçar o pedido, em fevereiro do ano passado. "Tive a primeira reunião com o general Campos encaminhando a solicitação pela instalação do Baep em Piracicaba."
Em resposta à pergunta do vereador Wagner Oliveira, o Wagnão (PHS), sobre se cabe aos agentes do Baep que estejam nas ruas efetuar abordagens em caso de suspeitas, Souza explicou que podem fazer, mas "há um escalonamento de forças". "O primeiro a fazer o contato é o policial da ronda, a viatura que vemos nas ruas. Se for uma ocorrência mais grave, a força tática é o primeiro apoio e, se for mais grave ainda, aí chega o Baep."
Mantendo a postura crítica ao fato de o governo paulista formar os Baeps com o efetivo deslocado de outras unidades da Polícia Militar, desfalcando-as, a vereadora Adriana Cristina Sgrigneiro Nunes, a Coronel Adriana (CID), expressou dúvida quanto à promessa de que as unidades com agentes transferidos para o batalhão terão seus quadros recompostos.
"Esta é a verdade que o cidadão tem que saber, de algumas políticas públicas que estão sendo adotadas que acabam dificultando o trabalho de outras unidades da Polícia Militar. Não veio nenhum policial a mais e não vai vir; vão recompor quadros de efetivos que já ficaram menores", lamentou a parlamentar.
Souza argumentou que a Polícia Militar "tem investido muito em reengenharia". "Vieram policiais de fora para recompletar os batalhões, e os policiais vieram para o Baep. Hoje em dia, não vou dizer que a tecnologia supera o homem, mas o que fazíamos com cinco policiais, hoje fazemos com dois, três. E vagas administrativas foram realocadas para batalhões operacionais. Ainda estamos no aguardo do recompletamento dos quadros, porque eles [o governo] têm responsabilidade e precisam dar resposta à população."
Ainda em relação ao tema, ao comentar a pergunta do vereador Lair Braga (SD), sobre de quem parte a decisão para que os efetivos sejam recompostos, Souza disse que há uma hierarquia e "todo um planejamento". "Segurança pública é caríssima. A sociedade está disposta a pagar isso? Hoje a Polícia Militar em São Paulo tem 86 mil homens. Se colocar 120 mil, vão pagar isso aí?", indagou.
Os vereadores Osvaldo Schiavolin, o Tozão (PSDB), Carlos Gomes da Silva, o Capitão Gomes (PP), André Bandeira (PSDB), Ary Pedroso Jr. (SD) e José Aparecido Longatto (PSDB) também se manifestaram durante a apresentação de Souza.
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