EM PIRACICABA (SP) 13 DE MAIO DE 2021

Controle de zoonose e mudança em leis impõem reestruturação do CCZ

Vereadora Alessandra Bellucci (Republicanos) visitou estrutura em Campinas, onde estão separados os setores de zoonoses e o de bem-estar animal




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Crédito: Assessoria parlamentar


O avanço das condições sanitárias, com o controle de doenças como raiva e leishmaniose, e mudanças na legislação, como a Lei 12.916/2008, que proíbe eutanásia em animais resgatados, impõem a reestruturação, sob olhar mais amplo, do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses). “A gente precisa ter adequações das baias, com um setor específico voltado ao bem-estar animal, que desenvolva campanhas sobre maus-tratos, guarda responsável e castração”, observa a vereadora e protetora dos animais Alessandra Bellucci (Republicanos). 

Acompanhada pelo veterinário Etelcles Mendes, a vereadora visitou, quarta-feira (12), a estrutura da cidade de Campinas. Lá foi recebida por Vagner Bellini, diretor do Setor de Bem-Estar Animal, que detalhou o funcionamento do CCZ nos dias de hoje, em que atua em duas frentes. A Unidade de Vigilância de Zoonoses, ligada à Secretaria Municipal de Saúde, e o Departamento de Proteção e Bem-Estar Animal (DPBEA), como parte do organograma da Secretaria Municipal de Defesa do Meio Ambiente.

“Não dá para dizer que Piracicaba vai copiar Campinas, mas viemos aqui para pegar exemplos”, observou a parlamentar. Alessandra destaca que na estrutura atual do CCZ do Município, existem apenas baias de contenção, sem qualquer estrutura de bem-estar animal, mas que o espaço tem a possibilidade de criar solário para qualidade de vida.

“Cada cidade está trabalhando de uma maneira e tem muita coisa que dá para ser aproveitada, só precisamos modernizar algumas coisas”, disse. 

Alessandra elaborou um projeto de reformulação do CCZ para trabalhar junto à Administração Municipal. Nesta proposta, a unidade de vigilância de zoonoses teria reservado um espaço mais reduzido, já que nos últimos cinco anos, são cerca de apenas 10 casos anuais de raiva outras doenças verificadas em animais. Desta forma, os atuais oito médicos veterinários poderiam ter mais condições de realizar trabalho de castração e prevenção para inibir o abandono. 

Já a estrutura do setor de bem-estar animal prevê construção de solários e implantação de serviço “leva-traz” para locomoção para castração de animais que residem em bairros carentes e distantes.

Ainda no projeto de reestruturação apresentado pela vereadora, ela detalha que todo o foco é em torno de reduzir o número de animais de rua, criando ações com esse objetivo. A proposta envolve campanhas de educação e conscientização, impostos para venda e comercialização de animais, censo, com chipagem e cadastro PET unificado e aplicação de penalidades. 

“Devemos também observar que há uma mudança da cultura. O animal, hoje, é visto como membro da família, ganham um espaço que eles não tinham”, avalia Alessandra.

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Texto:  Erich Vallim Vicente - MTB 40.337
Supervisão de Texto e Fotografia: Valéria Rodrigues - MTB 23.343

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