O vereador Cássio Luiz Barbosa (PL), o Cássio Fala Pira, protocolou, nesta quarta-feira (17), uma representação no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo para que sejam tomadas providências junto ao Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto) em relação aos empréstimos e financiamentos realizados para possíveis melhorias no saneamento básico da cidade diante do cenário da falta de água em vários bairros de Piracicaba. 

Segundo o parlamentar, há anos existe reclamação por falta de serviço adequado, principalmente nos períodos de crise hídrica. “O desabastecimento, as informações imprecisas sobre a falta de água e a qualidade da água já se torna um infeliz fato cotidiano na vida do piracicabano e que necessita de intervenção e providências urgentes para melhoras no serviço de fornecimento de água”, explicou o vereador.

No dia 29 de maio de 2023, foi aprovado pela Câmara o projeto de lei 52/2023, que permitiu ao Executivo recorrer à Caixa Econômica Federal para solicitar até R$ 200 milhões em operação de crédito para aplicação em obras de recuperação da malha viária e saneamento, sendo para o Semae a fatia foi de R$ 50 milhões para a construção das adutoras do Capim Fino/Torre TV, Capim Fino/Unileste, Ibitiruna e Tanquinho e Paulicéia e Kobayat, além da implantação de reservatórios. A obra abrangeria 10 quilômetros de adutoras e reserva de seis milhões de litros de água.

A propositura esteve na pauta da 31ª Reunião Ordinária e da 6ª Extraordinária, realizadas na referida data e foi amplamente discutida em plenário antes de receber o aval positivo do plenário. Na ocasião, Cássio Luiz manifestou seu voto contrário e apresentou perguntas de munícipes que chegaram ao seu gabinete. “Já tem dinheiro emprestado para a Secretaria de Obras e para o Semae, aprovados pela Casa. E a gente continua do mesmo jeito e quem paga a conta é o cidadão", avaliou.

Na representação, o vereador menciona que, mesmo com a recorrente falta de água em diversas residências, a cobrança sobre o uso da água teria aumentado, demonstrando uma desproporcionalidade quanto ao real consumo. “A representação requer que o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo analise as questões dos empréstimos e financiamentos realizados pela Prefeitura e em que o valor está sendo gasto e se está sendo aplicado de forma correta e dentro da lei”, justificou o vereador.