Em discurso, vereadora repudia casos de violência policial
Presidente do Conespi diz que reforma põe futuro do país em risco
Francisco Pinto Filho, do Conespi, e José Antonio Fernandes Paiva, do SindBan, participaram do lançamento da campanha contra a reforma da Previdência.
Chiquinho disse que reformas "vão matar mais gente que as drogas"
Crédito: Fabrice Desmonts - MTB 22.946O presidente do Conespi (Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba), Francisco Pinto Filho, afirmou que a reforma da Previdência proposta pelo governo Michel Temer (PMDB) coloca em risco o futuro do país. Ele defendeu a valorização dos sindicatos como forma de enfrentar os ataques que buscam enfraquecê-los com o objetivo de facilitar a aprovação de mudanças na lei. "As reformas trabalhista e da Previdência vão matar mais gente que as drogas. Precisamos conscientizar a todos, é o futuro de nossas crianças [que está em risco]", enfatizou.
Durante o lançamento da campanha "Reforma da Previdência NÃO!", na tarde desta sexta-feira (17), em ato no plenário da Câmara, Chiquinho declarou que a proposta visa entregar a Previdência Social aos banqueiros, "porque estão acabando com as contribuições, favorecendo as previdências privadas".
Presidente do SindBan (Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região), José Antonio Fernandes Paiva exigiu justiça aos trabalhadores, afirmando não serem eles os devedores da Previdência, pois "já contribuem na folha de pagamento". O ex-vereador ironizou o uso do termo "reforma" para tratar da proposta do governo federal. "É uma 'demolição' da Previdência, com interesse claro em privilegiar a previdência privada, que cresceu 26,1% em 2016, algo em torno de R$ 42 bilhões a mais em faturamento", comentou.
Paiva defendeu a rejeição à Proposta de Emenda à Constituição em tramitação no Congresso Nacional e convocou a população a aderir ao abaixo-assinado que Piracicaba enviará a deputados federais e senadores. "Devemos ir às ruas coletar assinaturas, pois é um ato de conscientização. Não queremos emendas à PEC; queremos o seu arquivamento e a discussão, em audiências públicas, sobre que tipo de reforma precisamos para a Previdência Social", concluiu.
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