Reunião realizada e proposta pelo vereador Pedro Cruz (PSDB), na última quarta-feira à noite (27), discutiu a criminalidade ao longo da avenida 31 de Março, um dos principais acessos à região do Bairro Verde e imediações. Com a presença de empresários que mantêm comércio na região, e representantes da Polícia Militar e Guarda Civil, foram expostas diversas situações entre assaltos à mão armada, tráfico de entorpecentes, falta de iluminação em ruas paralelas à avenida e prostituição.

Prefeitura é uma das vilãs

Para o empresário Valdir Multi, da Multi Equipamentos, “não é somente culpa das polícias, e, sim, da Prefeitura que não fiscaliza o corte de mato em terrenos baldios e não aciona a CPFL para iluminar alguns trechos, além da ausência de asfalto em diversas ruas, pois já cansamos de pedir”.

Enchentes e falta de poda de árvores
Outros participantes também culparam a Prefeitura por causa das enchentes ao longo da 31 de Março, quando a situação se agrava em períodos de chuvas contínuas, e a demora para a poda de árvores na região do bairro Verde. “É desanimador esperar da Prefeitura o serviço de poda de árvore, pois, em certa ocasião um dos comerciantes fez o trabalho por conta própria e foi multado em mais de mil reais por fiscais do Meio Ambiente. Quando pedimos, eles (Prefeitura) não fazem, mas, quando realizamos o corte somos multados. Para multar, são eficientes!”, desabafou, uma empresária.

Prostituição
Além dos problemas elencados na reunião, outro agravante é a prostituição, conforme relatou um comerciante proprietário de uma loja de revenda de pneus. “Nós ligamos nas polícias e  eles dizem que não podem fazer nada, pois toda noite vemos travestis e mulheres se prostituindo, além do tráfico de drogas, comum em plena luz  do dia”.  Segundo esse mesmo empresário, uma das ruas caóticas é a Nossa Senhora de Fátima, que necessita urgente de uma resposta do Poder Público.

Respostas
O subcomandante da Guarda Civil, inspetor Moraes, disse que a atuação da corporação é limitada por conta da legislação federal. “A nossa Guarda é centenária, mas, ainda temos restrições quanto à atuação no combate à criminalidade, pois, mesmo assim, auxiliamos com frequência o trabalho das Polícias Militar e Civil”. Moraes disse, ainda, que é necessária a união dos comerciantes par a criação de um Conseg – Conselho de Segurança. Lembrando que as guardas civis, de acordo com a legislação federal, foram criadas para o trabalho exclusivo de guarda e ronda em prédios públicos municipais.

Por outro lado, o tenente PM Murilo, nome de farda, disse que tem conhecimento dos problemas do Bairro Verde. “Eu sou novo em Piracicaba, mas, já sabemos o que vem ocorrendo em ruas pouco iluminadas do bairro. Constantemente tem policiais, meus, rondando o local, mas, quando meliantes vêem a viatura se desfazem ou escondem as drogas, complicando o nosso trabalho, mas, nem por isso deixamos de atuar”. O militar garantiu aos presentes que reforçará o trabalho policial na região.

Já o vereador Pedro Cruz explicou aos empresários que levará, pessoalmente, as reivindicações  ao prefeito municipal visando uma solução a curto prazo. “Como muitos assuntos debatidos nesta noite envolve a Prefeitura, vou conversar pessoalmente com o Gabriel (Ferrato) para que tenhamos uma resposta da Prefeitura o mais rápido possível”.

Por Marcelo Bandeira (33.121)
Fotos: Márcio Bissoli (48.321)
Departamento de Comunicação