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Dependência química: terapeuta defende conscientização para prevenção
Augenio Neres da Silva falou sobre o estímulo ao diálogo sobre o uso de psicotrópicos durante live transmitida nesta quinta-feira (24).
Terapeuta holístico Eugenio Neres da Silva falou sobre dependência química em transmissão ao vivo promovida pelo Parlamento Aberto
O terapeuta holístico Augenio Neres da Silva falou sobre métodos de prevenção à dependência química na live do Parlamento Aberto nesta quinta-feira (24). A iniciativa faz parte de série de transmissões ao vivo sobre o tema promovida em parceria com o Fórum Permanente de Saúde Mental e Combate à Dependência Química, coordenado pelos vereadores Gustavo Pompeo (Avante) e Pedro Kawai (PSDB).
“O melhor método de prevenção é a informação”, disse o terapeuta, que tem mais de 10 anos de experiência no combate à dependência química. Augenio ressaltou que o diálogo é capaz de oferecer escolhas ao indivíduo, uma vez que as informações auxiliam a tomada de decisões.
O terapeuta frisa que é necessário comunicar os fatores de risco de dependência, que são a curiosidade, os hábitos da família, questões emocionais, conflitos internos, entre outros. “Muitas vezes, a droga entra na vida de uma pessoa como uma solução, não problema”, disse. “A droga é prazerosa, não adianta querer amedrontar as pessoas, mas temos que esclarecer, conversar sobre esses assuntos e tirar aqueles mitos”, ressaltou.
Augenio da Silva ainda falou sobre o álcool, droga lícita que, segundo o terapeuta, é subestimada e algumas vezes nem considerada como droga. “Álcool é a pior das drogas, essa informação que é droga parece óbvia, mas por ser lícita as pessoas tratam como rotineiro”, apontou.
Sobre a tabu que se desenvolve em cima do dependente químico, o terapeuta comenta que é necessário entender o contexto da doença biopsicossocial. “Se conseguirmos entender isso, vamos tratar o problema na base”, disse. Eugenio da Silva explicou que a doença tem este nome porque é uma junção de diferentes áreas da ciência: biológica, psicológica e social, que estudam os fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos.
Para a prevenção da dependência química, Augenio da Silva destaca a importância do fortalecimento do vínculo familiar e social. “O melhor método (de prevenção) é falar a respeito, não é impor, colocar medo, mas colocar as cartas na mesa de uma maneira clara”, disse e defendeu que vínculos incentivam um indivíduo que sofre com dependência química pode se inserir novamente em sociedade.
O terapeuta também abordou o tratamento para aqueles que já são dependentes. Silva explicou que uma pessoa que passa 20 anos com os mesmos costumes não vai sair transformada depois de 9 meses em uma clínica. “O desafio é propor novas possibilidades, novos hábitos, o que fazer no lugar de ir ao bar, por exemplo”, disse.
O Capes AD (Centro de Atenção Psicossocial) é citado pelo terapeuta como alternativa para o tratamento. “As pessoas podem pedir ajuda, em Piracicaba existem clínicas, grupos de apoio, que dão suporte e auxiliam na prevenção”, apontou.
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