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CPI do Caso Jamilly toma depoimento de três profissionais de saúde e ex-recepcionista que atuaram, na ocasião, na UPA Vila Cristina; criança morreu, picada por escorpião
Membros da CPI analisam contradições no prontuário da paciente e obtêm informações sobre falta de preparo da unidade
Crédito: Fabrice Desmonts - MTB 22.946Quatro funcionários que participaram do atendimento, na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Cristina, à menina Jamilly Vitória Duarte, de 5 anos, que morreu no dia 12 de agosto, vítima de picada de escorpião, prestaram depoimentos, nesta quarta-feira (11), à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) criada na Câmara Municipal de Piracicaba para apurar o caso. Os relatos apontaram, entre outros detalhes, questões como divergências no relatório integrante do prontuário de atendimento da paciente e falta de treinamento específico da equipe para atuar em uma unidade de referência para acidentes com escorpião.
A CPI é composta pelos vereadores Acácio Godoy (PP), presidente, Gustavo Pompeo (Avante), relator, Cássio Luiz Barbosa (PL), o Cássio Fala Pira, Pedro Kawai (PSDB) e Paulo Camolesi (PDT), e contam com as assessorias da Procuradoria Legislativa e do Departamento Legislativo da Casa.
Três profissionais ouvidos que atuam na área da saúde também relataram que o fluxograma para atendimento de acidentes com escorpião foi disponibilizado nas paredes da UPA somente após a morte de Jamilly. No entanto, salientaram que ainda não houve uma apresentação do documento ou treinamento das equipes.
Os vereadores identificaram ainda divergências em relação à identificação do profissional responsável pelo atendimento da criança. Uma das pessoas ouvidas relatou ter apenas efetuado o primeiro acesso venoso para ministração de soro fisiológico e medicamentos prescritos pela médica, mas que não seria responsável pelos cuidados.
Outra pessoa afirmou que, apesar de ter assinado e carimbado o relatório, não teria prestado o atendimento. Nenhum dos profissionais ouvidos até agora soube dizer quem preparou a medicação prescrita. A CPI avalia promover uma acareação entre funcionários envolvidos para obter clareza das informações, além de questionar o Coren (Conselho Regional de Enfermagem) se é possível um profissional relatar procedimentos executados por outro.
Já o enfermeiro Guilherme de Aguiar Góes, também ouvido pela CPI, era o responsável pela sala de emergência no momento em que Jamilly era atendida em outra sala, a de observação. Ele disse que teve acesso à paciente posteriormente ao primeiro atendimento. Ele relatou como teriam ocorrido as tentativas de acesso venoso na criança e falou sobre o estado dela no momento em que a viu, que seria “torporosa” (perdendo a reação a estímulos), vomitando e com as extremidades frias.
O profissional disse que havia soro antiescorpiônico na unidade e que sabia que a UPA é referência para casos de acidentes com escorpião apenas como munícipe, mas que não recebeu essa informação oficialmente enquanto profissional. Além disso, sabia que havia soro antiescorpiônico no local por ver o material na geladeira. Ele defendeu que, por parte da equipe de enfermagem, foram seguidos os protocolos técnicos. Da UPA, Jamilly foi transferida para a Santa Casa, onde veio a óbito.
Primeiro contato – Entre os depoentes nesta quarta-feira (11), estava também a ex-recepcionista Beatriz Araújo Tristão de Souza, que foi a primeira a ter contato com Jamilly e sua mãe. Ela trabalhou na UPA Vila Cristina por 17 dias, mas informou que deixou a função por motivos próprios, não relacionados ao caso em questão. Ela disse que, na noite em que a paciente deu entrada na unidade, o plantão estava bastante agitado, com muitas crianças esperando atendimento.
Segundo a testemunha, a mãe foi diretamente ao balcão e já relatou que se tratava de uma picada de escorpião. Ela disse que a criança estava chorando e gritando de dor. A ex-recepcionista afirmou ter feito o encaminhamento do caso com prioridade para a triagem e, para isso, contou com o auxílio de uma colega para o preenchimento de uma ficha específica, que é feita à mão, para casos de acidentes com escorpião.
Dos quatro depoentes, o enfermeiro Guilherme e outra testemunha participaram da reunião da CPI acompanhados por advogados. Apenas o enfermeiro e a ex-recepcionista autorizaram, mediante coleta de termo de autorização pela Câmara, a terem seus dados e imagens divulgados.
Divergências - “Percebemos contradições de maneira que o que a gente recebe por escrito não se confirma quando a gente fala com as pessoas”, avaliou o presidente da CPI, Acácio Godoy, ao final dos depoimentos. “Estamos construindo passo a passo do que aconteceu, mas começam a surgir divergências e lacunas, que agora precisam ser preenchidas”. Ele apontou, entre as divergências identificadas, a questão da atuação de cada profissional no atendimento prestado a Jamilly, a ordem e a responsabilidade pelas ações.
A respeito da falta de treinamento específico da equipe para acidentes com escorpião, o vereador afirmou que os profissionais ficaram restritos ao conhecimento geral que possuíam. “A formação profissional prepara essas pessoas para vários atendimentos, inclusive este. O que a gente percebeu é que eles foram testados no conhecimento geral que receberam lá na formação deles. Mas, formação específica, não”, colocou. “Mas o problema maior é que deve haver um fluxograma dos procedimentos à disposição dos profissionais e ficou claro que não havia. Passou a ser adotado apenas após o caso da Jamilly”.
Acácio Godoy disse que algumas ações da CPI podem ser adiantadas. “O motivo do nosso trabalho é identificar todas as falhas e emitir um relatório propondo uma série de ações. Algumas ações podem ser propostas antes em virtude da urgência”, salientou. “Estamos obtendo informações sensíveis e importantes. O trabalho vem conseguindo o objetivo de traçar a linha dos acontecimentos, identificar falhas e propor ações corretivas”.
O próximo depoimento a ser tomado pela CPI é o da médica responsável pelo atendimento, na próxima terça-feira (17), a partir da 9 horas.
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