EM PIRACICABA (SP) 06 DE ABRIL DE 2009

José Lopes defende revisão educacional e alerta sobre risco das antenas de telefonia

O vereador José Lopes (PDT), ocupou a Tribuna da Câmara, na reunião ordinária de hoje (6) para alertar a população sobre os malefícios causados pelas antenas de tel (...)




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Crédito: Fabrice Desmonts - MTB 22.946


O vereador José Lopes (PDT), ocupou a Tribuna da Câmara, na reunião ordinária de hoje (6) para alertar a população sobre os malefícios causados pelas antenas de telefonia celular, que segundo alguns estudiosos, podem causar até câncer. José Lopes também considerou o fraco desempenho de escolares piracicabanos, cintando o  exemplo de uma mãe aflita, que recentemente procurou seu gabinete na Câmara para mostrar as únicas três folhas de caderno, que sua filha utilizou em três meses de aula para mostrar o quanto o ensino público está a desejar em certas escolas em Piracicaba.

 

Antenas


As Estações de Rádio Base (ERBs), popularmente conhecidas como antenas de celular móvel e maléficas ao organismo humano, muitas vezes, passam despercebidas pela população. Essas antenas emitem uma radiação não ionizante que, segundo estudos, pode causar diversos problemas para a saúde do indivíduo. A radiação provoca um aquecimento nas células e, comprovadamente, interfere no uso do marca- passo, aquece próteses e tem efeito acumulativo no organismo. Sem mencionar os prováveis efeitos da exposição à radiação como câncer, catarata e dores de cabeça.

 

Diversos estados e cidades do Brasil (Rio Grande do Sul, Campinas, São José do Rio Preto), incluindo Piracicaba, têm leis que limitam o uso de antenas celulares. Países como Estados Unidos, França, Inglaterra, Nova Zelândia e Austrália proibiram a instalação das ERBs em bairros residenciais, próximas de escolas, creches e hospitais, baseando-se no principio de “Evitar por Prudência” (Prudence Avoid).

 

Conforme a advogada Patrícia Araújo, que defende pessoas com problemas relacionados a antenas, relata que, para se proteger, as pessoas mudam de casa ou entram na Justiça para pedir a retirada das torres. “Há uma antena instalada próxima a um prédio em Pinheiros, em São Paulo. Cerca de 50% das mulheres que moram lá têm câncer. É muita coincidência essa situações acontecerem quando se tem uma antena por perto”.

 

A Associação Brasileira de Defesa dos Moradores e Usuários Intranqüilos com Equipamentos de Telecomunicações Celular (Abradacel) afirma que as propriedades desvalorizam em até 40% quando são instaladas torres celulares em cima de prédios ou nas vizinhanças.

 

O consultor Guilherme Pestana, morador do bairro do Alto da Boa Vista, na zona sul de São Paulo, disse que sua família conseguiu impedir que a antena fosse levantada com base na lei estadual. “Conseguimos uma liminar que pode cair a qualquer momento por causa da lei da dona Marta.” Pestana afirma que não é fácil lidar com as companhias de telefonia celular, pois elas não têm interesse nenhum em respeitar as regras. “Há muito poder e dinheiro envolvidos. É uma batalha muito dura.”

 

Já as empresas de telefonia celular alegam que a radiação não é prejudicial à saúde. Porém, como não há estudos conclusivos sobre o assunto, de acordo com o artigo 15 dos princípios ambientais, assinado pelo Brasil na Eco 98, se há ausência de estudos conclusivos, na dúvida, não se pode fazer nada. “Se daqui a vinte anos concluírem que a radiação não faz mal, teremos ao menos prevenidos. Entretanto, se acontecer o contrário e não houver precaução, terá acontecido malefícios irreversíveis à saúde humana”, ressalta Ienides.
 
    
  
Texto e pesquisa: Martim Vieira Mtb 21.939

Foto: Fabrice Desmonts Mtb 22.946

Legislativo José Lopes

Texto:  Martim Vieira - MTB 21.939

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