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Solenidade trouxe à Câmara cerca de 200 estudantes para ouvir Thomas Venetianer, que tinha 2 anos quando o exército de Hitler começou a perseguir minorias na Europa.
Solenidade pelo Dia Municipal da Lembrança aconteceu na manhã desta quinta-feira
Crédito: Davi Negri - MTB 20.499Imagens e números ainda pesam na memória de Thomas Venetianer, de 79 anos, um dos poucos sobreviventes do holocausto.
Imagens como a do cano do revólver apontado em sua testa, quando, ainda criança e escondido sob fardos de feno na carroceria de um veículo que tentava escapar do cerco do exército nazista, viu sua família ser barrada por um dos seguidores de Adolf Hitler.
Números como os 19 parentes que ele perdeu nos seis anos em que o regime sanguinário do ditador alemão dizimou seis milhões de vidas, entre judeus, negros, pessoas com deficiência e outras parcelas da população europeia tidas como minorias.
Mas são os quatro "medos" que Thomas ainda carrega ––medo da fome, medo do frio, medo de homens de farda e medo da solidão–– que mais emocionam em seu relato sobre o período em que ele, judeu nascido em 1937 na antiga Tchecoslováquia, foi perseguido pelos nazistas.
–– O que uma criança de 7 anos é capaz de lembrar? Eu me lembro de algumas coisas, sim, alías, muito vivamente. Em primeiro lugar, fome. Porque o que se servia não era suficiente nem de qualidade para alimentar uma criança em fase de crescimento. Eu sentia frio. Até hoje eu sou extremamente friorento, isso deve ter penetrado geneticamente em mim, porque eu tenho horror ao frio. Não estou exagerando, eu tenho medo do frio.
–– Eu tinha um medo terrível quando eu via um guarda e levei anos para superar esse medo aqui no Brasil. Eu via um guarda e alguma coisa dentro de mim imediatamente mexia, porque eu tinha um referencial de que guarda era perigo. E, por fim, por minha mãe trabalhar [no campo de concentração] e eu vê-la raras vezes, eu sentia solidão. Não sei se isso penetra de alguma forma na pessoa, mas eu fui, até casar, um jovem solitário. Não tinha amigos na escola; eu era sozinho, junto com meus pais.
Thomas descreveu como foi sua infância a duas centenas de jovens que lotaram o salão nobre da Câmara para participar, na manhã desta quinta-feira (28), da solenidade pelo Dia Municipal da Lembrança. A cerimônia em memória às vítimas do holocausto é uma iniciativa do vereador João Manoel dos Santos (PTB) ––que, ausente por motivo de saúde, foi representado pelo colega Luiz Arruda (PTB).
O sobrevivente do massacre ocorrido entre 1939 e 1945, durante a Segunda Guerra Mundial, contou não se considerar "herói" por estar vivo, mas, sim, alguém agraciado por um milagre. Thomas elogiou a acolhida que ele e a parte da sua família que resistiu aos comandados de Hitler receberam ao chegarem ao Brasil, há 68 anos.
–– Aqui somos felizes porque o brasileiro é um povo extremamente cordial, amigável e tolerante. Tenho orgulho de ser um de vocês.
A reunião solene contou com a presença de estudantes das escolas "Professora Olivia Bianco", "Professor Abigail de Azevedo Grillo", Sesi 085 e Cotip, do representante da comunidade israelita de Piracicaba, Marcelo Rosenthal, de pessoas ligadas às tradições judaicas na cidade e do vereador André Bandeira (PSDB), que clamou por respeito a todos os indivíduos, independentemente de gênero sexual, religião e nível educacional.
A cerimônia também teve o acendimento de sete velas em homenagem aos mortos durante o holocausto, a execução do hino nacional de Israel e a leitura de um texto sobre amizade por dois alunos do Sesi 085.
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