"Concretão" na beira do rio, diz vereadora sobre trecho de ciclovia
Palestra aborda desenvolvimento socioeconômico rural sustentável
Evento foi promovido pela Escola do Legislativo nesta terça-feira.
Atividade aconteceu de maneira presencial, no prédio anexo da Câmara
Crédito: Guilherme Leite - MTB 21.401A Escola do Legislativo "Antonio Carlos Danelon - Totó Danelon", da Câmara, promoveu, nesta terça-feira (23), a palestra "Desenvolvimento socioeconômico rural sustentável". O encontro aconteceu de maneira presencial no prédio anexo da Casa e abordou o viés do desenvolvimento socioeconômico da zona rural de Piracicaba com o princípio da eficiência econômica social.
Como palestrante, esteve presente Rui Cassavia Filho, gestor de propriedade imobiliária. A diretora da Escola do Legislativo, vereadora Silvia Morales (PV), do mandato coletivo A Cidade É Sua, foi quem abriu os trabalhos.
De acordo com Rui, em Piracicaba, o território ocupado pela zona urbana é de cerca de 16,94% do solo, isto é, 233,36 quilômetros quadrados da área total de 1.376,91 quilômetros quadrados. Já a ocupação em parcelamentos ou condomínios urbanos é de mais de 180 núcleos informais urbanos consolidados ou não.
De acordo com o palestrante, o entendimento é de que o modelo de desenvolvimento percebido no país priorizou o desenvolvimento econômico urbano ao invés do rural. Com o desenvolvimento rural sustentável, o objetivo, segundo ele, "é propor a discussão do tema evidenciando as consequências sociais, culturais e ambientais que as dimensões do conceito de desenvolvimento, sob o viés econômico, causaram no meio rural".
Além disso, Rui ressaltou que é preciso compreender as tendências do desenvolvimento percebido no mundo e, em especial, no Brasil, algo essencial para refletir sobre as implicações do viés econômico no meio ambiente e na área rural.
Em um demonstrativo de dados, ele explicou que a área urbana ocupa em torno de 11% do território, a rural, 24% e a remanescente, 65%, entre reservas ambientais e hídricas. Na economia local, a produção de cana de açúcar ocupa hoje uma área 49.000 hectares, enquanto a área urbana ocupa 23.336 hectares. "Logo, a área ocupada com cana de açúcar é o dobro da área urbana ocupada", comparou.
Rui apontou que, enquanto o Direito busca dado segundo o critério de justiça, a Ciência Econômica se ocupa do dilema da escassez e da necessidade de eficiência no uso dos recursos produtivos. "Justiça e eficiência são metades da mesma verdade que se sobrepõem alternadamente ou se complementam ordenadamente, mormente, segundo a visão determinista de Karl Marx", pontuou.
Para ele, é preciso entender que, a depender do ponto de partida, se chega-se a lugares distintos, e ao Estado cabe criar uma sociedade mais justa, corrigindo os problemas, com o sistema tributário podendo auxiliar nisso. "Como não há maneira de impedir distorções, deve-se procurar a segunda melhor situação possível, havendo distorções mínimas, arrecadando o maior imposto possível com o mínimo de perda de eficiência alocativa. Isto é, diminuir perda de produção, perda de demanda e perda de geração de renda", explicou.
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