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Proposta para plano Municipal do Livro avança em reunião pública
Terceiro encontro para debater projeto de criação de um Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas aconteceu na Fumep, na tarde desta terça-feira (23)
Terceiro encontro do grupo aconteceu na biblioteca da Fumep na tarde desta terça-feira (23)
Crédito: Guilherme Leite - MTB 21.401O grupo multidisciplinar formado por bibliotecários, educadores e autores que se debruça na elaboração de um Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (PMLLLB) realizou, na tarde desta terça-feira (23), na Biblioteca da Fumep (Fundação Municipal de Ensino de Piracicaba), a terceira reunião e última reunião antes de uma audiência pública, a ser realizada em breve na Câmara Municipal de Piracicaba, para apresentar ao Executivo as linhas gerais do que pode se tornar uma política pública voltada ao fomento do acesso aos livros na cidade.
As linhas gerais do PMLLLB traçadas pelo grupo até o momento, elaborado com base na Política Nacional de Leitura e Escrita e em planos estaduais e de outras cidades, como o já implementado na capital paulista, sugerem ações de curto, médio e longo prazo para democratizar o acesso ao livro, ampliar a formação de leitores e o estímulo à produção literária, bem como fortalecer a presença de profissionais dedicados aos livros e ampliar o número de bibliotecas na cidade.
“Nós nos propusemos a fazer um debate com a sociedade a respeito deste plano, falando com que está diretamente ligado às questões relacionadas ao livro, à leitura e à literatura, seja na perspectiva das escolas, seja perspectivas de bibliotecas públicas em outros espaços, para que a sociedade brasileira possa ter melhores índices de leitura”, falou a vereadora Rai de Almeida, propositora das reuniões em conjunto com o Conselho Regional de Biblioteconomia.
Segundo o bibliotecário da Fumep e membro do Conselho Regional de Biblioteconomia, Guilherme Belíssimo, a elaboração de um plano específico para Piracicaba deve ser capaz de captar as nuances e peculiares regionais: “a ideia é incentivar práticas de leitura e a criação de bibliotecas. Piracicaba foi a primeira cidade do interior do estado a ter uma biblioteca pública, mas ela parou e, hoje, possui apenas uma biblioteca pública para uma população de mais de 400 mil habitantes. A ideia, portanto, é apresentarmos um plano exequível, que atenda as necessidades locais, daí a importância dessas reuniões”, disse.
Perfil nacional dos leitores – Durante o encontro, a professora universitária Joseane Maria de Souza apresentou a 5ª edição de uma pesquisa realizada pelo instituo Pró-Livro, que monitora, desde 2001, o perfil dos leitores nacionais.
“A pesquisa, denominada Retratos da Leitura no Brasil, é realizada a cada 4 anos, com mais de 8 mil pessoas entrevistadas, para traçar um perfil do leitor, entender como está a leitura no Brasil, quantos livros são lidos, a questão socioeconômica, o funcionamento de bibliotecas e o acesso ao livro. A última pesquisa publicada foi em 2019, portanto, antes da pandemia”, explicou.
De acordo com a professora, o estudo traz dados alarmantes, que apontam para a redução dos números de leitores no país: "de 2015 a 2019, o Brasil perdeu 4,6 milhões de leitores. A pesquisa também traz que essa perda foi maior nos alunos do Ensino Superior e nas classes altas. Ou seja, ao invés deles, que tem mais acesso e possibilidades aumentarem, esse número diminuiu. E há uma causa: o número de horas que eles passam na internet, sobretudo em aplicativos de mensagens. As pessoas, na pesquisa, dizem não ter tempo para a leitura mas, no entanto, o tempo que dedicam aos aplicativos, à internet, aumentou”, falou Joseane.
Encaminhamentos - Para Rai de Almeida, as discussões do grupo e a minuta do plano já estão bastante maduras para serem apresentadas ao Executivo para que, caso concorde, submete a proposta à Câmara. "Evita-se, assim, um eventual vício de iniciativa", explicou.
“Marcaremos, em breve, uma audiência pública na Câmara para darmos ainda mais transparência junto à sociedade e entregar ao Executivo um projeto bem estruturado, que possa de fato ser implementado na cidade. Aguardamos, ansiosamente, que a municipalidade incorpore o plano em suas políticas públicas”, concluiu a vereadora.
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