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Resposta a requerimento não informa gastos com UPAs terceirizadas
Ao ocupar a tribuna durante reunião ordinária nesta segunda-feira, Rai de Almeida expôs a resposta dada pelo Executivo a questionamentos que fez em requerimento
Rai de Almeida ocupou a tribuna durante reunião ordinária nesta segunda-feira
Crédito: Rubens Cardia (MTB 27.118)A resposta que o Executivo deu ao requerimento 184/2024 não trouxe as informações referentes aos gastos com as UPAs (unidades de pronto-atendimento) da Vila Cristina e da Vila Sônia de 1º de julho de 2023 a 31 de janeiro deste ano, conforme solicitadas pela vereadora Rai de Almeida (PT), autora dos questionamentos.
O período coincide com a terceirização na gestão de ambas as unidades, repassada pela Prefeitura à organização social de saúde Mahatma Gandhi. Rai de Almeida repetiu, no requerimento de 2024, as perguntas que havia feito em 2023 em propositura semelhante, na qual pede acesso a dados de atendimento e custos das quatro UPAs em operação na cidade: Vila Cristina, Vila Sônia, Vila Rezende e Piracicamirim.
Na tribuna, durante a 18ª Reunião Ordinária, nesta segunda-feira (8), Rai de Almeida reproduziu, no telão do plenário, a resposta do Executivo ao requerimento 184/2024, para mostrar que, diante da pergunta da vereadora sobre o valor gasto com a manutenção das UPAs da Vila Sônia e da Vila Cristina desde 1º de julho de 2023, o governo Luciano Almeida (PP) afirmou que "não existe possibilidade de se estabelecer um 'valor total anual'" e não forneceu números.
No ano passado, em resposta ao requerimento que fazia as mesmas perguntas, foram informados custos anuais das UPAs, à época, em R$ 18,845 milhões na Vila Sônia, R$ 27,664 milhões na Vila Cristina, R$ 19,332 milhões na Vila Rezende e R$ 30,088 milhões no Piracicamirim (considerando o período sob responsabilidade da organização de saúde Cegecon).
Rai de Almeida classificou a falta de resposta a seus questionamentos como "um descaso". "Uma empresa que se diz referência em administração em estabelecimentos públicos, achamos que isso ou está nos desqualificando ou simplesmente demonstra um descaso com os recursos públicos investidos numa empresa de tamanha monta", criticou a vereadora.
Sobre questionamentos em relação a exames de ultrassom, a resposta encaminhada à vereadora para o período solicitado sublinha que ambos "não estão sendo realizados", sendo que em 2023 foi informado de que foram feitos 39 na UPA da Vila Sônia e 57 na da Vila Cristina.
"Há uma incoerência de um ano para outro. Portanto, há uma necessidade de apuração nesse caso. A Prefeitura dá 'porta fechada' [da gestão] das UPAs da Vila Sônia e da Vila Cristina para uma empresa administrar. Fizemos uma representação para o Ministério Público para que faça a apuração", concluiu a parlamentar.
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