Requerimento tem novos questionamentos sobre o serviço UPA + LIVRE
Sem respostas, CPI vai realizar diligências para averiguar documentos
CPI do Caso Jamilly vai à Secretaria de Saúde, UPA Vila Cristina e Santa Casa em busca de documentos sobre a morte da menina de 5 anos por picada de escorpião
CPI decidiu iniciar a tomada de depoimentos a partir da próxima semana
Crédito: Samuca MiazakiOs vereadores que integram a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Caso Jamilly vão realizar, na próxima segunda-feira (2), a partir das 8 horas, diligências à Secretaria Municipal de Saúde, UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Cristina e Santa Casa para dar sequência à apuração da morte da menina Jamilly Vitória Duarte, de 5 anos, após ser picada por escorpião. A investigação in loco vai ocorrer em função da falta de respostas e justificativas formais da Prefeitura de Piracicaba e do hospital em relação aos ofícios encaminhados pela comissão com a solicitação de informações sobre o atendimento médico prestado à criança, que resultou no óbito, no dia 12 de agosto.
A CPI é presidida pelo vereador Acácio Godoy (PP), tem como relator o vereador Gustavo Pompeo (Avante), e como membros os vereadores Pedro Kawai (PSDB), Paulo Camolesi (PDT) e Cássio Luiz Barbosa (PL), o Cássio Fala Pira. Os trabalhos contam com a assessoria técnica da Procuradoria Legislativa e do Departamento Legislativo da Câmara. Os advogados da família de Jamilly, Luciano Alves Lima e João Mazzi Bruno, acompanham a CPI como ouvintes.
“Não queremos constranger nenhum órgão, mas faremos as diligências em nome da celeridade dos trabalhos”, adiantou o presidente da comissão. “A ferramenta CPI nos dá autoridade e autonomia para situações como esta. Vamos usar todas as ferramentas para a investigação”. As visitas contarão com aviso prévio para que os locais estejam preparados para apresentar a documentação requisitada.
Entre outros questionamentos, a comissão havia solicitado os prontuários de atendimento médico da criança e a relação de profissionais que prestaram socorro, desde o transporte através do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), com passagem pela UPA da Vila Cristina até o óbito, na Santa Casa. No entanto, o prazo de 15 dias para as respostas terminou e não foram apresentadas pelos órgãos. A Câmara recebeu apenas cópia do contrato entre a Secretaria de Saúde e a OSS (Organização Social de Saúde) Mahatma Gandhi, que gerencia a UPA.
De acordo com o Departamento Legislativo da Casa, o entrave estaria no sistema “Prefeitura Sem Papel”, que entrou em vigor em agosto deste ano no Poder Executivo e prevê a tramitação digital de documentos. No entanto, ainda não houve consenso em relação à tramitação de documentos institucionais da Câmara, como os ofícios da CPI. Os documentos foram então encaminhados de forma física à Secretaria de Governo, mas as respostas, do mesmo modo, não chegaram à Casa.
Infração político-administrativa – Além das diligências, a CPI decidiu reiterar os questionamentos, desta vez direcionados diretamente ao prefeito Luciano Almeida (PP) e não mais ao secretariado. O chefe do Poder Executivo também será notificado de que, se não apresentar as respostas, estará sujeito às sanções previstas por infração político-administrativa que, prevê, inclusive, a cassação de mandato, conforme o artigo 134 da LOM (Lei Orgânica do Município).
A CPI ainda vai representar o caso junto ao Ministério Público, para providências. Em relação à falta de resposta pela Santa Casa, os vereadores decidiram, se não obtiverem sucesso na diligência, fazerem a solicitação dos documentos judicialmente.
“Não podemos ficar esperando a documentação chegar e ainda não receber nenhuma justificativa”, lamentou o relator da CPI, Gustavo Pompeo. “Esta falta de respostas é ruim para o andamento da CPI e também para o relacionamento entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo”. “O Poder Executivo tem que respeitar o trabalho da CPI”, destacou Pedro Kawai. “Não responder é grave, não só pela questão da relação entre os Poderes, mas também por ser um desrespeito à legislação”.
Para não atrasar o andamento da investigação, a CPI decidiu antecipar os depoimentos, após sugestão do vereador Paulo Camolesi. Os primeiros a serem chamados serão os representantes do DRS (Departamento Regional de Saúde) 10, que é responsável pelo controle de estoque e distribuição do soro antiescorpiônico; e também do CRM (Conselho Regional de Medicina) e Coren (Conselho Regional de Enfermagem), que serão questionados sobre os protocolos de atendimento de urgência e emergência em casos de picada de escorpião. Os depoimentos serão marcados para o dia 6 de outubro, às 8 horas, no Plenário da Câmara.
Notícias relacionadas
Organização Gaia+ receberá moção de aplausos pelos 10 anos de atuação
Novembro Azul: vereador reforça importância de exames preventivos
Projeto oficializa comemoração do aniversário do XV de Piracicaba
Vereador solicita manutenção em poço de visita no bairro Perdizes
Câmara aprova Título de Cidadão Piracicabano a Pedro Maurano
Programa "Farmácia Solidária Pet" é aprovado em segunda discussão
Vereador faz balanço de ações ao longo do mandato
Câmara celebrou o Dia do Cirurgião Dentista
Alunos da Escola “Prof. Manassés Ephrain Pereira” visitam a Câmara
Vereador solicita limpeza de área verde no Castelinho
Criador da banda Opus recebe o Título de Cidadão Piracicabano
Vereador solicita manutenção asfáltica na avenida Dois Córregos
Vereador solicita melhorias na rua Santa Catarina
Câmara entrega Título de Cidadão Piracicabano ao criador da banda Opus