Durante a 37ª Reunião Ordinária da Câmara Municipal de Piracicaba, na noite desta quinta-feira (26), o vereador Laércio Trevisan Jr. (PL) utilizou a tribuna para abordar temas ligados à saúde pública, infraestrutura e questionar novamente a nomeação do chefe de gabinete do prefeito.

Trevisan Jr. iniciou sua fala parabenizando a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Misericórdia de Piracicaba pela conquista do selo IPMED, de gestão de indicadores de qualidade. Ele relembrou o período em que esteve internado na unidade por 18 dias, ressaltando a competência da equipe médica e de enfermagem. “Tive a sorte de estar aqui de novo graças ao trabalho daquela equipe. Faço questão de registrar minha gratidão”, disse.

Na sequência, o parlamentar voltou a criticar a demora na substituição do toldo da farmácia de alto custo, localizada na rua Manoel Ferraz de Arruda Campos. Segundo ele, o problema já havia sido apontado anteriormente por meio de requerimento aprovado na Casa, mas segue sem solução após seis meses. “É um toldo rasgado, com a população exposta ao sol e à chuva. A Prefeitura não consegue trocá-lo, mas conseguiu comprar 22 carros de uma só vez por licitação. É uma questão de prioridades”, afirmou. 

O vereador também retomou críticas feitas anteriormente à situação da Estação de Tratamento de Água da Luiz de Queiroz, mencionando vídeos publicados em suas redes sociais sobre a crise hídrica enfrentada pela cidade. Ele sugeriu que alertas feitos por ele, ainda em 2023, estariam sendo confirmados por autoridades municipais.

O momento mais enfático da fala de Trevisan Jr. foi a retomada do debate em torno da nomeação do chefe de gabinete do prefeito. Segundo o parlamentar, o servidor teria sido citado em delação premiada em investigação do Ministério Público envolvendo contratos públicos de 2012. Ele lamentou o fato de sete vereadores terem votado contra um requerimento que pedia informações sobre a nomeação  e exibiu, por meio do telão do plenário, trechos do inquérito civil.

“A nomeação, ao meu ver, contraria a lei da Ficha Limpa municipal e a resolução 56 do Conselho Nacional de Justiça. A Prefeitura destinou verba para pagar um servidor comissionado que é o que mais recebe hoje, com salário de R$ 18.900”, afirmou Trevisan Jr., defendendo que a documentação referente à investigação seja disponibilizada no site da Câmara. 

Na fala, o vereador mencionou trechos da delação que, segundo ele, envolvem repasses financeiros, viagens internacionais e contratos com empresas de coleta de lixo. “Não sou eu que estou dizendo. Está no processo do Ministério Público”, enfatizou, mencionando os promotores que assinam a delação.

Ao encerrar sua participação, Laércio Trevisan Jr. afirmou que continuará acompanhando o caso e que espera por desdobramentos judiciais. “Vamos aguardar. A justiça há de se manifestar”, concluiu.