Está em tramitação na Câmara o projeto de lei 142/2018, de autoria do vereador Carlos Gomes da Silva, o Capitão Gomes (PP), que reconhece o Esporte Clube XV de Novembro de Piracicaba como patrimônio cultural imaterial do município. A proposta estende-se a todas as modalidades esportivas do clube.

"O XV é uma instituição privada. Apesar de ser patrimônio cultural da cidade, ele é um clube esportivo, como o Clube de Campo. Isso inviabiliza a ação do Poder Público para ajudar o XV, seja na Câmara, na Prefeitura, nas instituições e até em outras instâncias do poder constituído", justifica o parlamentar.

O objetivo do projeto é legitimar o XV de Piracicaba como patrimônio cultural imaterial do município.

Segundo o vereador, "à medida que isso se torna legal, dispõe-se de mecanismos para poder conseguir subsídios, emendas e ajuda de fundos de apoio ao esporte e à cultura", que ampliariam as possibilidades de investimentos e parcerias, viabilizando, assim, projetos que possam elevar o XV às categorias de maior destaque no cenário nacional.

Além de não gerar nenhuma despesa para o município, a aprovação da proposta previne que alguma ação administrativa mal sucedida no XV manche a história do clube. "A gente quer preservar a imagem do clube, a marca XV de Novembro", afima o parlamentar.

"Não se pode permitir que um símbolo tão emblemático para a cidade desapareça com o passar do tempo, seja pela dificuldade em superar as adversidades financeiras, seja por omissão do Poder Público", completa.

Capitão Gomes acredita que a aprovação do projeto de lei garantirá "protagonismo histórico ao Legislativo, que será reconhecido por esta e pelas próximas gerações".

O vereador informou que, em um segundo momento, a intenção é apresentar projeto semelhante em âmbito federal. Segundo Capitão Gomes, o deputado federal Antonio Carlos de Mendes Thame (PV-SP) "já se dispôs a fazer a apresentação do mesmo projeto em Brasília".

"Se isso realmente acontecer, Piracicaba passa a ser enxergada no Brasil inteiro como uma cidade que tem o XV como um patrimônio cultural, assim como nosso dialeto, a pamonha, a cachaça e o rio, que são ícones da cidade", conclui.