EM PIRACICABA (SP) 10 DE JUNHO DE 2025

Ativistas compartilham experiência de participar de discussões globais em COPs

Evento da Escola do Legislativo trouxe relatos e explicações sobre a dinâmica da Conferência das Partes, promovida anualmente pela Organização das Nações Unidas




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Salão nobre da Câmara recebeu a roda de conversa, nesta terça-feira

Crédito: Guilherme Leite - MTB 21.401


A Escola do Legislativo da Câmara promoveu, nesta terça-feira (10), roda de conversa que integra o 4º Ciclo de Eventos sobre Mudanças Climáticas em Piracicaba, iniciativa voltada à preparação da sociedade local para a COP30, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, que será realizada em novembro, em Belém (PA).

Com o tema "Conferência das Partes (COP) da Convenção do Clima da ONU: o que é isso e como funciona?”, o encontro —o primeiro de uma série que continuará em setembro e outubro— reuniu no salão nobre da Câmara alunos das escolas estaduais "Dr. João Sampaio" e "Barão do Rio Branco", além de técnicos da Prefeitura, integrantes do Comdema, pessoas ligadas à Esalq-USP e ativistas.

Silvia Morales (PV), vereadora do mandato coletivo A Cidade é Sua e conselheira da Escola do Legislativo, disse que a discussão do tema em âmbito municipal cumpre o ideal de "pensar global e agir local". "Estamos vivendo um período de intensas mudanças climáticas, e nada melhor do que fazer esses três encontros temáticos preparatórios para a COP30", afirmou.

Conduzida pelo assessor parlamentar Ayri Saraiva Rando, do mandato coletivo, a roda de conversa trouxe depoimentos dos ativistas Diogo Costa e Joana Soares, que integram o coletivo Engajamundo e compartilharam experiências de suas participações no exterior em eventos anteriores da ONU para a discussão sobre o clima e o meio ambiente.

Diogo, que esteve na COP 16, focada em biodiversidade e realizada no ano passado em Cali, na Colômbia, detalhou como é estar e preparar-se para eventos do tipo e abordou como queimadas e alterações nos padrões de chuvas, por exemplo, interferem na adaptação das espécies às mudanças climáticas.

Joana, que já esteve em países como os Emirados Árabes Unidos e a Tailândia para discutir a temática, refletiu como os jovens podem ter voz nos debates, ainda que enfrentem barreiras como o idioma, a falta de recursos e tempo e o preconceito. "A juventude está lá para falar de justiça climática, reparações e políticas que respeitem os direitos dos mais marginalizados e influenciar governos e corporações."

Ayri explicou ao público presente no salão nobre da Câmara que a COP, sigla em inglês para Conferência das Partes, reúne anualmente 198 países com o objetivo principal de "estabilizar a poluição que leva ao aquecimento do planeta", por meio do compromisso de cada nação em contê-lo através da métrica denominada NDC (Contribuição Nacionalmente Determinada).

"A COP é o órgão supremo da Convenção do Clima e dura duas semanas, sempre em novembro: na primeira, ocorrem as discussões mais técnicas e, na segunda, as negociações de diplomatas, chefes de Estado e ministros. Cada país tem direito a um voto, e toda decisão é por consenso, todos têm de concordar", disse o assessor parlamentar.

Rai de Almeida (PT) e Thiago Ribeiro (PRD) também estiveram presentes na roda de conversa. "Como nós, como sociedade, vamos intervir com vistas a mudar essa situação? Esta é uma pauta que defendemos na Câmara e na sociedade", disse a vereadora. "Estamos aqui para deixar um legado de contribuição na cidade", afirmou o parlamentar.

Escola do Legislativo Institucional Silvia Maria Morales

Texto:  Ricardo Vasques - MTB 49.918
Supervisão de Texto e Fotografia: Rodrigo Alves - MTB 42.583

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