O projeto de lei 55/2025, de autoria do vereador Edson Bertaia (MDB) e que institui a Campanha Municipal de Conscientização sobre os Riscos da Exposição Prolongada a Telas de Dispositivos Eletrônicos para Crianças e Adolescentes, foi aprovado em primeira discussão, durante a 30ª reunião ordinária, realizada nesta quinta-feira (29).

De acordo com a propositura, a campanha tem o objetivo de informar e conscientizar a população sobre os impactos do uso excessivo de dispositivos eletrônicos e, desta forma, repudiar toda e qualquer forma de violência no ambiente escolar e fora dele.

Na justificativa do projeto, o autor argumenta que a falta de controle do tempo em que as crianças e adolescente estão expostos às telas de dispositivos digitais, como celulares, computadores e tablets, tem gerado uma preocupação crescente em relação aos impactos na saúde física, emocional e cognitiva.

Alerta ainda que diversos estudos nacionais, como da Sociedade Brasileira de Pediatria e também internacionais apontam que o uso excessivo dessas tecnologias pode prejudicar o desenvolvimento saudável dessa faixa etária, contribuindo para problemas como sedentarismo, distúrbios do sono, dificuldades de concentração e até mesmo transtornos, como ansiedade e depressão. 

"Sabemos que crianças, adolescentes e jovens passam muito tempo nas telas. Temos uma geração ansiosa, insegura, temos que levar conscientização de que existe um mundo fora das telas, da internet. Temos que brincar, jogar bola, tomar chuva. É preciso levar conscientização para escolas e pais, com palestras e campanhas", afirmou Bertaia.

O vereador Fábio Silva (Republicanos) apoiou a propostas e reforçou que realmente crianças  estão cada vez mais ansiosas e "trancadas nos seus quartos". "Alguns pais perderam o controle da situação. Essa campanha vem em um momento certo", disse.

O vereador Gustavo Pompeo (Avante) disse que pediu prioridade de votação pela importância do projeto. "A tela pode contribuir para do desenvolvimento, mas o excesso é muito prejudicial, temos que fazer campanhas sobre esse risco", concluiu.