
Cinco anos depois: a primeira reunião remota da Câmara durante a pandemia
Vereador Paulo Campos (Podemos) adiantou que vai propor audiência pública para debater o tema com a comunidade escolar e dirigentes municipais e estaduais
Tema da municipalização também foi abordado por mãe de alunos na Tribuna Popular
Crédito: Guilherme Leite - MTB 21.401A possibilidade de municipalização de oito escolas estaduais de Piracicaba dominou os debates durante a 29ª Reunião Ordinária, nesta segunda-feira (22). O tema foi abordado pela oradora Patrícia Fedrizzi da Silva, mãe de alunos de uma das escolas, na Tribuna Popular. Em seguida, os vereadores debateram e aprovaram em regime de urgência, por unanimidade, a moção nº 69/2023, de autoria do vereador Laércio Trevisan Jr. (PL), de apelo ao secretário estadual de Educação, Renato Feder, para que a municipalização não aconteça. Durante a discussão, o vereador Paulo Campos (Podemos) adiantou que vai protocolar um requerimento para convocação de uma audiência pública sobre o tema.
A proposta envolveria as escolas estaduais Honorato Faustino, Professor Afonso José Fioravante, Professora Jaçanã Altair Pereira Guerrini, Comendador Mário Dedini, Professora Mirandolina de Almeida Canto, Morais Barros, Samuel de Castro Neves e Alcides Guidotti Zagatto.
Ao discutir a moção, Trevisan Jr. destacou que as escolas possuem altos índices no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) e que a Honorato Faustino se configura entre as 100 melhores do País e a primeira do Estado. Ele criticou que a proposta tenha surgido de forma abrupta e sem discussão com a comunidade escolar.
A vereadora Rai de Almeida (PT) salientou a qualidade dos professores da rede municipal de ensino, mas ponderou que a categoria não tem recebido o devido estímulo para o trabalho e tem atuado em carga horária dobrada. “Somos contra a municipalização nos moldes como está sendo proposto, enfiando goela abaixo. Precisamos fazer o debate”, afirmou.
A vereadora Ana Pavão (PL) disse que participou de uma reunião, na última sexta-feira (19), com o secretário municipal de Educação, Bruno Roza, com o dirigente de ensino, Fábio Negreiros, e com diretores das escolas em questão. Segundo a parlamentar, houve a garantia de que não há nada formalizado em relação à municipalização das unidades. Ela explicou que havia apenas um desejo do prefeito Luciano Almeida (sem partido) em assumir as escolas, mas que a proposta seria colocada em debate com a comunidade escolar.
Mal entendido – Para o vereador Gilmar Rotta (PP), o fato foi criado pelo próprio prefeito e pelo secretário, quando gravaram um vídeo em frente à sede da Secretaria Estadual de Educação e citaram a proposta de municipalização. Entre os problemas citados pela categoria, segundo o vereador, estão a necessidade de realocação de professores e a falta de estrutura para os profissionais da rede municipal, se assumirem o trabalho. Ele incitou o prefeito e o secretário para que corrijam a fala, caso tenha sido mal explicada.
O vereador Paulo Campos (Podemos) colocou que a mudança afetaria um universo de 2,5 mil alunos, além da rotina de pais e professores, que já estão satisfeitos com o programa de ensino integral e com a qualidade da educação oferecida nas unidades. “Em time que está ganhando, não se mexe”, avaliou. O vereador Cássio Luiz Barbosa (PL), o Cássio Fala Pira, elencou as dificuldades que o município já possui na gestão da educação, como a falta de produtos na merenda, professores mal remunerados e falta de segurança nas escolas.
Para o vereador Gustavo Pompeo (Avante), escolas como a Honorato Faustino são um exemplo de excelência na educação pública. “Sou favorável à multiplicação desses exemplos e não em acabar com um ensino que é referência”, afirmou. A vereadora Sílvia Morales (PV), do Mandato Coletivo A Cidade é Sua, disse que a manifestação da comunidade escolar é legítima e, com a moção de apelo, antecipa-se a discussão do caso, antes que o convênio se torne realidade.
Outras proposituras – A 29ª Reunião Ordinária dedicou-se também à aprovação de outras 17 proposituras e mais quatro em regime de urgência. Uma delas foi a moção nº 70/2023, de apelo à Assembleia Legislativa de São Paulo, para que não seja aprovado o Projeto de Lei nº. 752/2021, de autoria do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que está em tramitação naquela Casa e que pretende aumentar as taxas e emolumentos processuais, aumentando a carga tributária para acesso à Justiça. A moção é de autoria do vereador Paulo Nardino (PSDB) e foi assinada por outros vereadores. O tema também foi abordado na Tribuna Popular pela presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) Subseção de Piracicaba, Fernanda Dal Picolo.
Confira, no vídeo, nesta página, a íntegra da 29ª Reunião Ordinária.
Cinco anos depois: a primeira reunião remota da Câmara durante a pandemia
Vereador aborda exemplo de projeto terapêutico de São Paulo
Câmara de aprova votos de congratulações a igrejas
Vereadores acompanham lançamento de programa oncológico que evidencia a cidade
'Não tem médico suficiente para atender a população', denuncia vereador
Requerimento questiona condições de mobiliário e insumos da USF do Santa Fé I
Vereador enaltece a realização da 3ª Conferência Municipal do Idoso
75 anos da presença Salesiana em Piracicaba serão celebrados na Câmara
Fórum buscará estratégias para transformar Piracicaba em uma Cidade Inteligente
Em requerimento, vereador questiona atendimento prestado em Policlínica
Área verde do Jardim Itaberá levará o nome de “André Carlos Delvaje”
Vereador solicita rampa de acessibilidade na entrada da UPA Vila Sônia
Vereador solicita medidas para segurança viária em frente a escola municipal
Câmara aprova programa de incentivo à compostagem nas residências
Câmara aprova, em primeira discussão, campanha sobre os riscos das telas