O vereador Wagner de Oliveira (PSD), o Wagnão, fez críticas ao atendimento prestado pelo Hospital Regional de Piracicaba e propôs a formação de uma comissão de parlamentares da Câmara para periodicamente ir à unidade e fiscalizar seu funcionamento. Ao ocupar a tribuna do plenário, durante a 39ª Reunião Ordinária, na noite desta quinta-feira (27), Wagnão comentou sobre a audiência pública realizada à tarde, no salão nobre, em que vereadores questionaram a administração do hospital sobre o atendimento à população.

O presidente da Câmara relembrou a forma como anteriormente foi tratado pela gerência da unidade. "No ano passado, eu disse que ia tentar uma reunião com o Hospital Regional, porque não se conseguia falar com ninguém. Agendaram e, quando chegamos lá, tinha um pessoal que colocou no telão um gráfico do que o hospital fazia. Eu me levantei e disse: 'Estou indo embora daqui, porque não vim conhecer o Hospital Regional. Eu conheci o Hospital Regional na inauguração, como vários vereadores. Viemos aqui para tratar do assunto das consultas e dos exames. Não quero prejudicar o trabalho de ninguém; estou me levantando e indo embora'", relatou Wagnão, sobre a primeira tentativa de diálogo.

Na sequência, o vereador afirmou ter insistido em ter uma reunião com o superintendente da unidade, Vitor Marim. "E eu fui à reunião, mas a pancada foi tão dura lá que foi pedido para eu me retirar de dentro do Hospital Regional. O Vitor levantou, numa hora de calor da reunião, e falou: 'OIha, a reunião está encerrada. Faça o favor, vá embora'. Eu falei: 'Não tem importância, eu estava ali lutando pelo povo'", disse o parlamentar.

Após voltar a cobrar a gerência da unidade na audiência pública da tarde desta quinta-feira, Wagnão, durante a reunião ordinária da noite, reiterou que "o Hospital Regional não está cumprindo com seu dever com Piracicaba". "Não cabe a nós fazermos uma CPI no Hospital Regional, que é estadual, mas cabe a nós fiscalizarmos. Foi prometido que se iria dialogar e as coisas, melhorar. Podem até melhorar, mas não podemos parar com a fiscalização. Podemos montar uma comissão de vereadores e ir ao Hospital Regional, esporadicamente, ver como está funcionando", sugeriu.