EM PIRACICABA (SP) 28 DE AGOSTO DE 2009

Membros da APPEM falam sobre Esclerose Múltipla

Fizeram uso da Tribuna Popular na Reunião Ordinária desta quinta-feira (27/08) a presidente da Associação Piracicabana de Portadores de Esclerose Múltipla (APPEM), (...)




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Crédito: Fabrice Desmonts - MTB 22.946


Fizeram uso da Tribuna Popular na Reunião Ordinária desta quinta-feira (27/08) a presidente da Associação Piracicabana de Portadores de Esclerose Múltipla (APPEM), Ivete Paes e a tesoureira da entidade, Rosana Senatore, para falarem sobre a doença e Dia de Conscientização sobre a doença, que ocorre no dia 30 de agosto, no Parque da Rua do Porto, a partir das 10 horas.

Ivete Paes, explicou que a esclerose é uma doença que atinge as fibras nervosas responsáveis pela transmissão de comandos do cérebro a várias partes do corpo, provocando um descontrole interno generalizado, que não existe uma causa especifica, sendo comum em adultos jovens, na faixa de 20 a 40 anos. O maior pico é por volta dos 30 anos. Raramente pessoas na Terceira Idade desenvolvem a doença.

Entre os principais sintomas da doença estão alteração no controle de urina e fezes, comprometimento da memória, depressão, dificuldades de movimentos, fala e deglutição, dores articulares, dormência, fadiga intensa, mudanças de humor, paralisia total ou parcial de uma parte do corpo, perda da visão em um ou ambos os olhos, queimações, sensações de formigamento, tremores e tonturas.

Atualmente, o exame mais eficaz para reconhecer a esclerose múltipla é a ressonância magnética. Com ele, são notadas as lesões que surgem no sistema nervoso.

Na maioria dos portadores, a doença provoca uma série de crises, que a principio em podem levar meses ou anos entre uma e outra, mas os intervalos tendem a diminuir. Os sintomas podem ser discretos ou intensos, aparecer e desaparecer. Muitas vezes, as manifestações do mal são confundidas com outras doenças, menos graves, como labirintite.

Segundo Rosana Senatore, o diagnóstico não é simples e pode levar alguns anos para ser feito corretamente, pois os sintomas se assemelham, em alguns casos, com outros tipos de doenças do sistema nervoso.

"Tenho esclerose múltipla há 15 anos, porém só foi diagnosticada há cinco. Quando soube procurei informações sobre a doença na Internet e fiquei assustada. Hoje, as pessoas que recebem o diagnóstico da doença podem procurar apoio e esclarecer todas suas duvidas na APPEM", comentou.

A esclerose múltipla não tem cura, porém as pesquisas estão avançadas e novos medicamento, que tornam os efeitos da esclerose múltipla menos agressivos, como o imunomoduladores e imunosupressores, capazes de aliviar ou reduzir os sintomas da esclerose, já se encontram no mercado.

Não há como prevenir a doença e nem se pode afirmar que quem é ou não propenso à doença. Ter acompanhamento terapêutico é fundamental ao paciente de esclerose múltipla, cuidar da mente é tão importante quanto tomar a medicação correta.

Segundo dados estatísticos são mais de 2 milhões e meio de pessoas acometidas pela Esclerose Múltipla no mundo inteiro. No Brasil, calcula-se mais de 35 mil portadores. Em geral, as mulheres são as mais atingidas, na proporção de duas mulheres para um homem.

A APPEM pode ser contatada pelo telefone (19) 8193.9522. Toda última quarta-feira do mês, às 19h30, os portadores de esclerose múltipla promovem uma reunião no Plenário da Câmara de Vereadores. A Associação já conta com profissionais voluntários da área médica que oferecem apoio as portadores de doença em Piracicaba.

 

Patrícia Sant Ana Amancio - MTb:24.154

Foto: Fabrice Desmonts - MTb:22.946

 

 

Câmara Legislativo

Texto:  Patrícia Moraes Sant'Ana - MTB 24.154

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