EM PIRACICABA (SP) 24 DE MAIO DE 2022

UPA Nestor Longatto: vereador questiona reforma e falta de insumos

Requerimentos de autoria do vereador Laércio Trevisan Jr., aprovados nesta segunda (23), questionam problemas estruturais e falta de medicamentos em UPA na Vila Sônia




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Laércio Trevisan Jr. (PL) é autor dos requerimentos que pedem informações sobre obras e falta de insumos em UPA na Vila Sônia

Crédito: Fabrice Desmonts - MTB 22.946








A suposta falta de agulhas, de insumos e medicamentos, bem como a necessidade de obras de reformas na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) “Nestor Longatto”, na Vila Sônia, motivaram os requerimentos 395/2022 e 405/2022, ambos de autoria do vereador Laércio Trevisan Jr. (PL).

As proposituras, que foram aprovadas na noite desta segunda-feira (23) durante a 20ª reunião ordinária de 2022, foram amplamente debatida pelos parlamentares presentes à sessão camarária. 

O requerimento 405/2022 informa que "na sessão ordinária de 16/05/2022, foi relatado a falta de agulhas para procedimentos e a falta do medicamento dipirona junto a UPA “Nestor Longatto” – Vila Sônia" e, com base nessa informação, o parlamentar questiona se a Secretaria Municipal de Saúde tem conhecimento sobre os fatos alegados e se "houve algum relato oficial sobre a falta de algum item na referida unidade". 

Trevisan ainda pergunta se houve algum tipo de problema logístico ou licitatório na entrega dos referidos suprimentos e, por fim, questiona se, atualmente, a pasta "está com algum problema de falta de medicamentos ou materiais/insumos nas demais unidades de saúde". Em caso positivo, o parlamentar pede que os problemas sejam relatos e detalhados. 

Já no requerimento 395/2022 quer saber se a Prefeitura "já elaborou o projeto técnico e o orçamento visando a execução de obras para a execução de reforma e melhorias na UPA “Nestor Longatto”, tendo em vista os inúmeros problemas estruturais já identificados na unidade" e, em caso afirmativo, pede que sejam apresentados a planta, o projeto e o orçamento da obra bem como uma previsão para a realização da mesma. 

A propositura também cita o "problema de escoamento de água pluvial na via pública, a qual adentra na unidade em dias de chuva" e pergunta "quais providências estão sendo adotadas pela Secretaria Municipal de Obras" e "quais obras serão necessárias para solução em definitivo deste antigo problema". Trevisan também pergunta "qual é o prazo para início de tais obras".

Discussões - "O que eu quero saber? Por que está faltando tal coisa lá, agulha, seringa? Será que faltaram as coisas pois o funcionário não fez licitação ou o governo federal não mandou dinheiro para cá?", questionou o autor das proposituras ao discuti-las em plenário.

De acordo com Gustavo Pompeo (Avante), a suposta falta de medicamentos e insumos "não é de hoje e não é de ontem", e lembrou de uma situação, há alguns anos, em que teve que solicitar à Prefeitura medicamentos que não foram disponibilizados à sua mãe. "O problema de fato é não vir o que se pede. Muitas coisas na Saúde são inadmissíveis. Problema estrutural, enchentes dentro de UPAs, não dá para aceitar", acrescentou.

Ao discutir os requerimentos, Cássio Luiz Barbosa (PL), o Cássio Fala Pira, disse que tais demandas e reclamações são recorrentes em conversas com profissionais da rede municipal de saúde: "estamos vendo as pessoas morrendo e os profissionais da saúde, quando nos param num pronto socorro, falam que vão pedir para sair porque não aguentam mais esse desgoverno. Vão na Vila Cristina, no Vila Sônia, agora, nesse frio, prontos-socorros abarrotados de crianças sentadas no chão, enfermeiros chamando a gente porque não tem dipirona injetável. Pera aí, não é só agulha, não é só seringa, é dipirona", disse.

Pedro Kawai (PSDB) salientou em seu discurso a importância dos requerimentos, proposituras à disposição dos parlamentar para a obtenção de respostas oficiais junto ao Executivo municipal: "a saúde é fundamental e é por isso que tem que ter requerimento cobrando, por isso que essa Casa tem que aprovar todo e qualquer requerimento junto ao Executivo, porque é a resposta oficial, o posicionamento oficial. Precisamos, sim, destas respostas e destas comparações para medir os serviços. Você está medindo a qualidade do funcionamento das políticas públicas".

De forma semelhante, Rai de Almeida (PT), ao justificar seu voto favorável aos requerimentos, lembrou que "é importante que esta Casa tenha informações do Executivo para que nós possamos ter nossas ações e fazer nossas cobranças que são necessárias. É importante que votemos favoráveis a todos os requerimentos, para todas as áreas, indistintamente", afirmou.

Wagner Oliveira (Cidadania), o Wagnão, pediu ponderação e dados mais concretos para analisar a situação: "o que eu não aprovo é subir aqui na tribuna e dizer que “falaram para mim”, “eu passei lá e falaram”, "as enfermeiras falaram", "os médicos reclamaram" etc". Ainda segundo o parlamentar, a falta de seringas pode ser resultante de um aumento inesperado na procura pelos serviços médicos devido à queda nas temperaturas: "a medicação tem que estar disponível, mas às vezes pode ser que não tenha medicação suficiente para o número de pessoas que chegam lá. A falta de agulha, da agulha 30/8 e 25/8, essa agulha está faltando no estado todo, por falta de matéria-prima", acrescentou. 

Os discursos dos parlamentares podem acompanhados nos vídeos localizados no canto superior esquerdo da página. 

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Texto:  Fabio de Lima Alvarez - MTB 88.212
Supervisão:  Rodrigo Alves - MTB 42.583

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