Durante a 30ª Reunião Ordinária da Câmara Municipal de Piracicaba, realizada na noite desta quinta-feira (29), a vereadora Rai de Almeida (PT) utilizou o tempo de liderança para abordar temas relacionados à habitação, à atuação da Procuradoria Especial da Mulher e à defesa dos direitos das mulheres na política.

A parlamentar comentou a cerimônia de lançamento da construção de dois dos seis condomínios que, ao final, resultarão em 3.840 unidades habitacionais no município. Ela destacou a presença de autoridades como o governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o prefeito de Piracicaba, Helio Zanatta, a deputada estadual Professora Bebel (PT0 e o presidente do Partido dos Trabalhadores.

Rai enfatizou a importância do projeto habitacional, mas chamou atenção para a necessidade de maior transparência na divulgação das fontes de financiamento. Ela lembrou que o subsídio envolve recursos da Casa Paulista, no valor de R$ 18 mil por unidade, além de R$ 30 mil oriundos do governo federal.

“É importante dar publicidade a isso”, afirmou, ao criticar o fato de que, segundo ela, o governo estadual não mencionou o apoio federal durante o evento. A vereadora também apontou que há dúvidas entre os futuros beneficiários sobre a natureza das unidades — se serão da CDHU ou de outra instituição — o que impacta diretamente no valor das prestações a serem pagas pelas famílias.

A vereadora relatou sua participação em um evento na Câmara Municipal de Araras, onde discutiu a estruturação da Procuradoria Especial da Mulher naquele município. Rai é a atual titular da Procuradoria em Piracicaba, tendo como adjunta a vereadora Silvia Morales (PV), do mandato coletivo “A Cidade é Sua”. Ela destacou que o objetivo da visita foi contribuir com o fortalecimento da rede de enfrentamento à violência contra a mulher na cidade vizinha, a partir da experiência acumulada em Piracicaba.

Por fim, Rai de Almeida manifestou solidariedade à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, após episódio ocorrido no Senado Federal. Ela classificou a situação como um caso de violência política de gênero, mencionando que a ministra foi desrespeitada durante pelo senador Marcos Rogério (PL-RO). “Precisamos denunciar esse tipo de prática. É um ‘cala a boca’ às mulheres nos espaços do Legislativo”, afirmou a vereadora, ao defender que o lugar da mulher é onde ela quiser estar, inclusive nos espaços de poder e decisão.

A parlamentar encerrou sua fala destacando a atuação de Marina Silva no governo federal, especialmente na área ambiental, com a redução de 40% do desmatamento na Amazônia, e reforçou a importância da luta contra todas as formas de violência política de gênero.